Sintomas sutis podem sinalizar risco de doenças cardíacas, alerta especialista
Diretrizes recentes da SBC reforçam importância da prevenção e de hábitos saudáveis para reduzir casos de hipertensão e infarto
Cardiologista orienta atenção a sinais como dor no peito, formigamento e falta de ar, além de cuidados preventivos com alimentação e estilo de vida
As doenças cardíacas continuam sendo a principal causa de morte no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 2022, cerca de 19,8 milhões de pessoas morreram por complicações cardíacas, sendo 85% dos casos decorrentes de infartos e acidentes vasculares cerebrais (AVCs).
O coração é responsável por bombear o sangue e garantir o transporte de oxigênio e nutrientes ao corpo. A falta de atenção aos hábitos de vida aumenta o risco de hipertensão, infarto e outras complicações cardiovasculares. Recentemente, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), em parceria com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) e a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), atualizou as diretrizes para o diagnóstico da hipertensão arterial. De acordo com o novo parâmetro, valores iguais ou acima de 12 por 8 (120/80 mmHg) já indicam pré-hipertensão, o que acende um alerta para mudanças no estilo de vida antes da necessidade de tratamento medicamentoso.
Sinais que merecem atenção
Em muitos casos, os sintomas de problemas cardíacos podem ser discretos e facilmente confundidos com outros quadros de saúde. “O principal sintoma é a dor no peito, mas problemas cardíacos também podem se manifestar com dores nos braços, esquerdo e/ou direito, mandíbula e dorso, além de outros sinais com formigamento e desmaios”, explica Rafael Domiciano, coordenador de cardiologia do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco, da Rede D’Or.
Outros sinais que devem acender o alerta são falta de ar ao realizar esforços, suor frio ou excessivo, inchaço nas pernas, tontura e sensação de ansiedade. O médico destaca que esses sintomas podem variar conforme o perfil do paciente. “Esses sinais atípicos são mais recorrentes em diabéticos, nos idosos e principalmente nas mulheres, um grupo subestimado nas emergências de todo o mundo”, observa Domiciano.
Reações inesperadas no corpo
Segundo o especialista, as doenças cardíacas podem causar sintomas variados porque o coração interage com diversos órgãos. A obstrução das artérias coronárias reduz o fluxo de sangue, o que pode gerar reações fora do padrão. “Vale citar ainda que, durante um infarto, o organismo libera mediadores inflamatórios e neurológicos que podem alterar a forma como os sintomas aparecem, tornando-os diferentes do habitual”, explica.
Hábitos que protegem o coração
A prevenção das doenças cardíacas depende do controle dos principais fatores de risco, como hipertensão, diabetes, colesterol alto, sedentarismo, obesidade e tabagismo. Outros fatores, embora menos comuns, também merecem atenção, como doenças autoimunes, menopausa precoce e transtornos mentais — incluindo ansiedade e depressão.
Em relação à alimentação, o ideal é priorizar frutas, verduras, legumes, grãos e carnes magras, evitando o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, açúcar, carboidratos simples e bebidas alcoólicas.
“O tripé para a saúde cardíaca é dieta equilibrada, prática regular de atividade física e acompanhamento médico. Com isso, é possível prevenir muitas doenças e identificar fatores de risco antes que causem problemas graves”, finaliza o cardiologista.
*Texto com informações do Estadão Conteúdo, reescrito com auxílio do Chat GPT, e revisado pela nossa equipe