Da estufa: clássico de boteco com pitada hype
O bar Ruela foi inaugurado nesta semana no corredor do Cine-Theatro Central; no cardápio, os clássicos, como a coxinha, mas com recheio de rabada
Irmão mais novo do Complexo Casa, do Vizú e do Gema. Todos os filhos da Mafê são diferentes entre si, mas trazem a jovialidade que os novos bares urbanos pedem. As referências às grandes cidades nunca deixaram de aparecer. O Gema, na Rua São João, já começou a mostrar seu mais novo encanto com a revitalização do Centro. O Ruela (@no_ruela), inaugurado nesta segunda-feira (7), é só a confirmação disso. O hype continua, mas o pé mesmo está no conceito de boteco: aqueles que, como a própria Mafê fala, a gente consegue imaginar só de fechar os olhos. As mesas na calçada, as grades de cerveja, a estufa com salgados, e, claro, o prato feito, querido PF. No corredor do Cine-Theatro Central, no meio daquelas portas que parecem infinitas, o Ruela tem no cardápio a mescla entre o velho e o novo, a novidade e o clássico. Na vitrine, tem coxinha, mas tem surpresa: ela é recheada de rabada.
Os arredores do teatro já são cheios de mesas como convite para sentar-se e esbaldar, seja logo no almoço ou à noite. O Ruela nasce com esse conceito, e o próprio nome diz isso. Mafê disse que quis colocar de volta o Centro na narrativa das ocupações e das criações de novas histórias. A chave tanto do lugar quanto da cozinha é a praticidade: passar, olhar a estufa, escolher o pedido, mas, se quiser, estender no almoço, nas porções e nos petiscos. Eles estão fazendo cardápios de PF semanais, com duas opções. Os salgados são os clássicos, mas com uma mistura nova. De acordo com Mafê, a cozinha, que é comandada por Júlia Puello e Namíbia Núbia, foi pensada para “trazer nos pratos aquele gostinho de comida popular brasileira, com os ingredientes mais comuns e o bom temperinho de alho e cebola”.
A coxinha de rabada tem a massa tradicional. A rabada também. O tempero é o mineiro: aquela mistura de alho, cebola, salsinha e cebolinha. O tamanho fica a critério do cozinheiro. Mas é importante lembrar que a rabada é pesada, e, a coxinha, frita. Fazer em casa é um aperitivo para começar a conhecer a proposta do Ruela.
Coxinha de rabada
Por Júlia Puello e Namíbia Núbia
Ingredientes da massa
3 xícaras de farinha
1 e 1/2 xícara de leite
1 colher de manteiga
15g (uma colher rasa) de sal
Modo de preparo
Dissolva a manteiga e sal no leite. Adicione a farinha sem parar de mexer até incorporar. Cozinhe a massa na panela mexendo para não grudar no fundo. Retire a massa da panela e, com ela ainda morna, sove até desgrudar da superfície.
Ingredientes do recheio
1kg de rabada cortada
Meia cebola branca grande
4 dentes de alho
Meia cenoura
Meio alho poró
Tempero mineiro (alho, cebola, salsinha e cebolinha)
20g sal
Modo de preparo
Deixe o tempero mineiro e o sal na rabada marinando por 3 horas. Na panela de pressão, caramelize a cebola, a cenoura e o alho poró no óleo e sele a rabada. Adicione água até cobrir a carne, espere ferver e cozinhe na pressão por 40 minutos. Retire a rabada e desfie, deixe o caldo reduzir. Refogue a carne com cebola e alho e acrescente duas conchas do caldo reduzido.
Para montar
Faça uma bolinha com o recheio (de preferência já gelado) e envolva com a massa também fria, moldando no formato da coxinha. Empane passando na farinha de trigo, em ovos batidos e por último na farinha panko. Frite por imersão em óleo.
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