Volkswagen apresenta o Virtus, derivado do Polo com porte de sedã
Modelo divide com o Polo e o Golf a plataforma modular MQB, que permite alongar ou encurtar entre-eixos, bitola e balanças
Há quem diga que brasileiro compra carro a metro. Se for este o caso, a Volkswagen está fazendo a coisa certa. A marca alemã acaba de apresentar o Virtus, um sedã médio-compacto para se posicionar entre o Voyage e o Jetta. O modelo divide com o Polo e o Golf a plataforma modular MQB, que permite alongar ou encurtar entre-eixos, bitola e balanças. No caso do Virtus, a fabricante adotou um entre-eixos bem generoso, o que se reflete diretamente nas dimensões internas do modelo. No novo sedã da Volkswagen, que chega ao mercado em janeiro de 2018, esta medida é de 2,65 cm, ou 8,5 cm mais longo que a do compacto Polo e 2 cm maior que a do hatch médio Golf. e igual ao do sedã médio Jetta. É maior também que os entre-eixos de todos os sedãs médios-compactos do mercado, como Renault Logan, Chevrolet Cobalt, Fiesta sedã e Nissan Versa.
Outra característica evidencia a importância que este novo carro tem para a Volkswagen no país: o Brasil será o primeiro mercado a receber o modelo, fabricado em São Bernardo do Campo. É também o primeiro modelo no mundo a ostentar o novo design de traseira, que será adotado nos sedãs da marca. A frente, por outro lado, é idêntica à do Polo. De perfil, os vincos e entalhes horizontais dão a impressão de que o Virtus é ainda maior do que é. No total são 4,48 metros de comprimento – 42,5 cm a mais que o Polo -, o que permite muito espaço interno e ainda um generoso porta-malas de 521 litros de capacidade.
Sob o capô, a mesma política do Polo. O Virtus vai oferecer duas motorizações distintas. A mais básica é a 1.6 16V MSI, que mesma que equipa da linha Gol, que rende 110/120 cv de potência e 15,8/16,8 kgfm de torque com gasolina/etanol, gerenciado por um câmbio manual de cinco marchas. Os modelos intermediários e superiores recebem o motor TSI, 1.0 Turbo, que rende 116/128 cv e torque de 20,4 kgfm com gasolina/etanol, acoplado a um câmbio automático de seis marchas com modo sequencial e paletas no volante. É ao torque de 20,4 kgfm, que corresponde a 200 Nm, que a inscrição “200TSI” na tampa traseira faz referência.
Como no Polo, apenas a versão com a motorização TSI vem com controle eletrônico de estabilidade. O sistema pode atuar tanto no módulo do motor, para reduzir o torque, quanto no ABS, para frear uma ou mais rodas para devolver o equilíbrio ao carro. O sistema ainda inclui assistentes para frenagem e para partida em rampa, bloqueio eletrônico do diferencial, monitoramento da pressão dos pneus e limpeza automática das pastilhas de freio – neste caso, o Virtus tem disco nas quatro rodas.
Mas é na versão topo de linha Highline que aparece o Active Info Display, recurso já apresentado no Polo. Trata-se de um quadro de instrumentos digital configurável com tela de 10,3 polegadas que pode, inclusive, projetar a tela de GPS. No console central, aparece a tela do sistema multimídia Discover Media, com 8 polegadas. Por ela, pode-se espelhar celulares pelo MirrorLink, Android Auto ou Apple Carplay.
Mas a grande aposta de interatividade do Virtus é no assistente virtual IBM Watson. Classificado com algum otimismo de “inteligência artificial”, o sistema inclui um manual cognitivo por comando vocal, que responde questões sobre o veículo. Ele vai trabalhar coordenado a um celular Apple ou Android, através do aplicativo Meu Volkswagen, que ainda será disponibilizado – possivelmente o Polo também irá contar com este assistente virtual mais à frente.
O Virtus não vai receber uma versão com motor 1.0 aspirado, como acontece no Polo, mas deverá contar com as mesmas versões e conteúdos do modelo hatch, com um acréscimo próximo a R$ 3 mil. Assim, começaria com a versão 1.6 MSI a partir de R$ 58 mil, seguiria para a Comfortline 200TSI por R$ 68.500 e passaria de R$ 72 mil na versão Highline 200TSI.