McLaren 570 Spider é testado nos Estados Unidos
Desde sua volta em 2010 como fabricante de carros de rua, a McLaren utiliza a mesma base mecânica em todos os seus veículos
A McLaren conta com três linhas de produtos. A primeira, “de entrada”, é a Sport Series; a segunda, intermediária, é a Super Series; e a terceira, a Ultimate Series, vem para mostrar todo o potencial de esportividade e exclusividade da marca britânica. Mas esses dois atributos também podem ser encontrados na gama “de entrada”, onde está o 570 Spider: um conversível que proporciona emoções únicas com seu desempenho avassalador.
Desde sua volta em 2010 como fabricante de carros de rua, a McLaren utiliza a mesma base mecânica em todos os seus veículos. Trata-se de um monocoque de fibra de carbono de apenas 75 kg associado a dois subchassis de alumínio para os eixos dianteiro e traseiro. Com ele, é possível conseguir uma alta rigidez torcional e um baixo centro de gravidade.
No McLaren 570 Spider, em posição central traseira, está o motor V8 de 3.8 litros biturbo que entrega 570 cv de potência e 61,2 kgfm de torque. Esse propulsor está associado a uma transmissão automática de dupla embreagem que envia a força ao eixo traseiro. Todo o conjunto permite que o esportivo acelere de zero a 100 km/h em 3,2 segundos e alcance a velocidade máxima de 328 km/h – números idênticos aos da versão 570S cupê.
As diferenças entre cupê e conversível (Spider) do McLaren 570 são bem pequenas. Tudo parte do teto retrátil que, formado por peças rígidas, pode ser aberto ou fechado de modo totalmente elétrico em apenas 15 segundos – operação que só pode ser realizada caso o carro esteja circulando até os 40 km/h. Com o teto completamente aberto, a velocidade máxima cai para os 315 km/h.
O McLaren 570 Spider vem com um spoiler traseiro que é 1,2 cm mais comprido que na versão cupê para compensar as perdas aerodinâmicas. A suspensão é convencional se comparada ao novo modelo 720S, da gama intermediária Super Series: um duplo trapézio em todas as rodas com barras estabilizadoras e amortecedores adaptativos. No caso da direção, a fabricante segue preferindo o sistema de assistência eletro-hidráulico em vez de um sistema 100% elétrico. De acordo com a McLaren, todo esse sistema agrega 46 kg a mais de peso ao modelo. Mas, graças a pequenos retoques na estrutura, não há interferência na rigidez torcional.
Primeiras impressões
Com portas que se abrem para cima e monocoque de fibra de carbono “rebaixado”, o acesso ao 570 Spider é bem mais simples que nos outros modelos da McLaren. Os botões de ajuste elétrico dos assentos e do volante estão embaixo do banco e permitem a configuração de uma posição de direção adequada para todas as estaturas.
O motor é ligado após se pressionar um botão, e, logo, o ruído intenso do V8 biturbo “inunda” o habitáculo. Ao se pisar no acelerador com suavidade, o carro não se mostra nada agressivo. As trocas de marcha são suaves e a suspensão não é excessivamente dura – o que é um “agrado” ao tráfego da cidade. Porém, quando dirigido com agressividade, o 570 Spider acelera de forma brutal. A resposta ao toque do acelerador é imediata e não é perceptível o efeito turbolag. Para frear, há discos de cerâmica que fazem seu trabalho com muita precisão. A direção hidráulica atua com muita rapidez ao menor movimento, o que pode ser perigoso numa situação de condução na pista em alta velocidade, já que, num movimento brusco, o carro pode perder facilmente a aderência e “sair” de lado.