Suzuki Swift 2018 é testado no México
Carro 1.0 conta com empurrãozinho do turbo para movê-lo com facilidade no trânsito urbano
Por Victor Alves, Auto Press
A Suzuki resolveu dobrar a aposta no pequeno Swift. Pelo menos no visual. A nova geração do compacto se manteve fiel ao conceito de design de sempre. As poucas mudanças que sofreu foi para deixá-lo discretamente mais esportivo e refinado. Em relação à parte dinâmica, por outro lado, houve boas mudanças. O modelo ganhou um motor 1.0 turbo, de 110 cv, que o deixa mais potente, e segue como opção interessante pela qualidade dos equipamentos, tecnologia embarcada, e espaço interno – que foi otimizado por conta das novas medidas.
O novo Swift, em relação à geração anterior, perdeu 1 centímetro de comprimento e na altura e ganhou 4 cm de largura e 2 cm no entre-eixos. Agora ele mede 3,85 metros com 1,50 m de altura, 1,74 m de largura e 2,45 m de entre-eixos. Porém, apesar de praticamente mantido o tamanho, houve um aumento sensível no espaço interno e no porta-malas, que ficou com 264 litros de capacidade – 54 litros a mais que a geração anterior.
A mudança de medidas acarretou uma melhoria no centro de gravidade, que agora está mais baixo e tornou o comportamento do carro mais dinâmico. Tudo isso foi possível graças à adoção da nova plataforma Heartect, que permitiu “esticar” as rodas para os extremos da carroceria.
O motor 1.0 turbo do novo Swift merece destaque. Ele tem três cilindros e rende até 110 cv de potência e 16,3 kgfm de torque – números mais que suficientes para garantir a agilidade e dinamismo necessários para o trânsito urbano. A caixa de transmissão pode ser automática de seis velocidades ou manual de cinco marchas.
Outras duas opções de motor são um híbrido – que combina um propulsor elétrico com um a combustão de 1.2 litro -, e um quatro cilindros de 1.2 litro com 90 cv e 12,2 kgfm. O modelo com motor híbrido pode receber ainda o sistema de tração AllGrip, que transmite a força do propulsor integralmente às quatro rodas – e que aumenta a altura do modelo em 2 cm.
A lista de equipamentos e recursos de segurança do Swift 2018 é recheada. O modelo tem alerta de colisão, frenagem autônoma de emergência – para, em caso de risco de colisão, reduzir o impacto ou evitá-lo, se possível, seis airbags, sensor de mudança de faixa, ajuste automático da altura dos faróis na presença de outros veículos no contra fluxo, controle de cruzeiro adaptativo _ que controla a distância em relação ao carro à frente -, controle eletrônico de estabilidade e monitor de pressão dos pneus. Além disso, o sistema de entretenimento, com tela de sete polegadas, tem função “antidistração” para evitar que o motorista não perca a atenção no trânsito.
A tabela de preços do novo Suzuki Swift na Europa começa em 13.990 euros (R$ 46.200) para a versão com motor 1.2; 17.690 euros (R$ 58.500) para a versão com powertrain híbrido; e chega aos 19.090 euros (R$ 70.900) para a versão com motor 1.0 turbo. A Suzuki não planeja voltar a trazer o Swift para o Brasil – importado do Japão, esteve no mercado nacional no início dos anos 90.
Primeiras impressões
Por Jorge Blancarte, do Autocosmos.com/México
Apesar do diminuto motor (mas com virtude do turbo), o novo Swift acelera muito bem. Ele tem potência suficiente para dar agilidade ao carro quando é preciso. O sistema do turbo, chamado de “Boosterjet”, apresenta o efeito turbolag, mas nada que incomode por conta da proposta urbana que o carro oferece.
Trata-se de um carro com bom desempenho, que tem muitas características que o tornam bastante agradável de dirigir.
O funcionamento da caixa de seis velocidades é boa, exata e rápida. No modo automático, as trocas são curtas, ou seja, não elevam tanto as rotações do motor. Já no modo manual, as trocas podem ser feitas através de paletas.