Diário de Bordo 25-03-15
Charmosamente desenhada sob os pés da Serra do Lenheiro, a cidade de São João del-Rei nos conquista em sua diversidade. Entre casarios e casarões, visualizamos a construção de um povo, de uma aldeia cheia de aventuras e confidências.
Lapidada pelo mestre Aleijadinho, a cidade é exemplo de história ao ar livre. A cada passo, um novo olhar. O turista não pode deixar de visitar as igrejas! Destacam-se a do Rosário e a Basílica do Pilar, com sua imponência e beleza.
Somos feitos do passado e para esta construção a presença de orquestras bicentenárias, conservatórios, Teatro Municipal e sua fantástica arquitetura, além do congado e os rituais (alguns deles únicos no Brasil) durante a Semana Santa.
O visitante encontrará uma cidade acolhedora e com um bom clima. Caminhar pelas ruas é respirar cultura! Aconselho um bom tênis e roupas confortáveis para o passeio. A culinária é atraente. O tradicional feijão tropeiro é indispensável aos amantes da boa mesa.
Conhecida como a Cidade dos Sinos, São João Del-Rei nos desperta aos domingos com suas badaladas milimetricamente ensaiadas, cheias de significados. Assim, nos transporta a outro espaço, outra vivência recheada de paisagens, sons e cheiros irresistíveis.
O presente e o passado se comunicam harmoniosamente neste lugar. Os apreciadores de artesanato e trabalhos manuais retornarão a seus lares completamente satisfeitos com tanto capricho e criatividade em suas peças adquiridas no comércio local.
Os museus nos revelam detalhes de vida e obras de grandes personalidades que deixaram registradas por toda as gerações o seu talento, seja na arte ou na política. Aconselho a visita ao Memorial Tancredo Neves e ao Museu de Arte Sacra.
Na terra do Ex-Presidente Tancredo Neves, o turista pode ter a sensação de regressar ao Brasil Colonial ao embarcar para o agradável passeio de Maria Fumaça, locomotiva construída em 1881, ligando as cidades São João Del-Rei e Tiradentes.
Passear por este lugar é descobrir-se inserido num passado rico de histórias e obras de arte. É voltar para as nossas casas com uma ponta de saudade do que não foi vivido e com a esperança de um breve retorno para maiores aventuras.
Comerciante