Um curioso (e medonho) caso de Coprofagia Humana
O que Ă© Coprofagia? E Coprofilia? SerĂĄ que Ă© a mesma coisa?
A história dessa semana é para quem tem coração (e estÎmago) forte!
Leia o artigo e descubra como uma noite “incrĂvel”, se transformou no maior trauma da vida de uma mulher…
Coprofagia?
Que que Ă©Â isssooo? –Â Talvez vocĂȘ se pergunte.
Pois bem…Â
Neste artigo, atravĂ©s de uma histĂłria surpreendente, vocĂȘ compreenderĂĄÂ o que Ă©Â Coprofagia e por que algumas pessoas apresentam esta “preferĂȘncia” sexual.
Esta foi a primeira vez que me deparei com um caso de coprofagia .
Quando se ouve uma história dessa dificilmente, se esquece.
A gente imagina os detalhes, pensa no sofrimento do(a) paciente…
Ă difĂcil…Â
EntĂŁo, de antemĂŁo aviso: sĂł continue lendo este artigo se vocĂȘ for do tipo que lida bem com fortes emoçÔes…Â
Um caso de Coprofagia: A histĂłria de MargarethÂ
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Ela tinha apenas 35 anos quando viveu este drama.Â
Buscou terapia porque depois do ocorrido, pensamentos suicidas tornaram-se comuns em sua mente.Â
Dizia que nĂŁo poderia conviver com aquelas lembranças e que a Ășnica saĂa era a morte…Â
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âMas, o que aconteceu?â â perguntei.Â
Ela fazia rodeios… Estava nitidamente nervosa…Â
Percebi que se eu nĂŁo desse uma ajudinha, ela nĂŁo iria falar…Â
Provavelmente fiz alguma brincadeira, pois me lembro que consegui arrancar-lhe um sorriso…Â
De repente, devagar, Margareth começou a falar.Â
Falava muito baixo…Â
Fui ouvindo aquele relato…
Minhas sensaçÔes alternavam entre vontade de chorar junto, de vomitar e de abraçar aquela mulher…Â
Estava âna caraâ o quanto de indignação, arrependimento e vergonha ela sentia.Â
Cabeça baixa, nĂŁo me olhava nos olhos e a voz era tremulava…Â
Em alguns momentos, atĂ© me senti a âvĂ©iaâ surda do programa âA Praça Ă© Nossaâ, sabe? Â
Aquela que pergunta:Â Â
âO quĂȘ? Hein?â
De volta Ă histĂłria…
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Margareth soluçava e contava:
âEu tinha acabado de me separar.Â
Foram 15 anos de casamento…Â
SaĂ do domĂnio de meus pais e fui para o cativeiro de meu marido.Â
Ele nĂŁo era mĂĄ pessoa. Apenas queria uma esposa “A La Primeira Dama: bela, recatada e do lar”.
E durante quinze anos me enquadrei.
Mas, era tĂŁo infeliz…Â
Eu queria trabalhar. Ter meu dinheiro.
NĂŁo tivemos filhos por opção. O que, na hora da separação, facilitou bastante minha vida.Â
Antes de me casar, meu pai me proibia de tudo.
Nunca saĂ, sabe?Â
Nunca fui Ă s festas, exposiçÔes, âbailesâ …Â Â
Mas eu queria muito isso. Queria sair, me divertir como minhas amigas.
EntĂŁo, a solução que encontrei foi me casar.Â
A liberdade que senti no inĂcio era deliciosa! Â
Mas, acabou rapindnho…Â
SĂł podia fazer coisas se meu marido fosse junto.Â
Continuei sem poder sair com amigas, fazer compras sozinha, exercer minha profissĂŁo… Â
EntĂŁo, cansei…
Criei coragem e pedi o divĂłrcio.Â
Tinha muito medo do futuro, mas, eu nĂŁo podia viver o resto de minha vida daquele jeito.
Arrumei um emprego! Â
Aluguei um apĂȘ! Â
Comprei roupas!…Â
Estava muuiiito feliz! Nunca havia experimentado aquela sensação… Â
Como era boa…Â
E o que faltava agora?Â
Viver a vida!Â
Um dia, aceitei um convite de uma amiga de Belo Horizonte.Â
Fui passar o final de semana lĂĄ…
Ia conhecer pontos turĂsticos, ir ao Mercado Municipal comer comida de boteco, sair Ă noite…Â
Eu estava me achando!
Viajando sozinha, pela primeira vez, aos 35 anos de idade!Â
LĂĄ nĂŁo paramos um minuto…Â Â
Mas, o grande momento seria uma âdanceteria chic dimaiiisâ, que irĂamos Ă noite…Â
Produzidas lĂĄ fomos nĂłs!Â
Me sentia ridĂcula com tanta maquiagem! Â
Realmente, o lugar era um luxo sĂł! Â
Muitas luzes, muito brilho… Eu nĂŁo sabia nem pra onde olhava… Â
Na verdade, tava me sentindo uma âroceiraâ! Â
De repente, um moço bem aparentado começou a conversar comigo. Â
Nem acreditei!Â
Fingi que aquilo era a coisa mais comum do mundo, tipo coisa que acontecia comigo toda hora! Hahahaha…
Mas, por dentro, sĂł eu sei…Â
Minhas mĂŁos estavam geladas! O coração disparado…Â
Segui bancando a supermoderna mega antenada!Â
O papo dele era muito bom! Ele me fazia rir e ainda era inteligente!Â
Claro que em pouco tempo jĂĄ estĂĄvamos nos beijando…
AĂ, conversamos mais…Â
Nos beijamos mais…Â
Bebemos…Â
Rimos mais…Â
AtĂ© que ele me convidou para sairmos dali…Â
Eu sou roceira, mas, nĂŁo sou trouxa: Eu sabia o que aquele convite significava…Â
Fiquei paralisada…Â Â
O que responder?Â
Ia contar que eu era uma âjagodesâ que teve um Ășnico namorado na vida?Â
Ia contar que me casei com esse namorado pra fugir de casa e continuei presa por mais 15 anos?Â
Ia contar que aos 35 anos, aquela era a primeira vez que viajava sozinha?Â
NĂO!!! NĂO IA!…Â Â
Eu tinha vergonha daquela vida medĂocre…
Queria que ele visse como uma mulher independente, moderna, empoderada” …
(Obs.: Margareth nĂŁo usou esta palavra. Eu a empreguei aqui porque penso que era vocĂĄbulo ideal se, naquela Ă©poca, ele estivesse em alta como nos dias de hoje).Â
Â
E Margareth seguia falando…
Parecia uma bola de soprar se esvaziando…
“Me enchi de coragem, avisei minha amiga e… partimos!
Eu queria ir! Â
Parece que aquela era a atitude que faltava para eu conquistar meu âcertificadoâ de independĂȘncia!
A caminho do motel, eu pensava:Â
- Sexo no primeiro encontro? Â
- O que ele vai pensar de vocĂȘ?Â
- Como vai se olhar no espelho amanhĂŁ?Â
- (…)Â
Firmei a mente na âmodernidadeâ e fingi que os pensamentos nĂŁo existiam…Â
Â
Chegamos!Â
Outro lugar âchic no Ășrtimoâ …Â
Fiquei encantada!Â
Mas, nĂŁo tive muito tempo para os detalhes…Â
Aquele âdeus gregoâ, me beijava loucamente… Â
Me acariciava de um jeito…Â Â
Nunca tinha me sentido tĂŁo desejada…Â
De repente, arrancou minha roupa…Â
Senti muita vergonha do meu corpo, mas, de novo, encarnei a resolvida…Â
Ele me jogou na cama e veio como um raio pra cima de mim…Â
Foram muitas! Muitas preliminares! Â
Ahhhh… Se todos os homens soubessem o poder de uma preliminar!
Meu ex-marido nunca se esforçou muito nisso…
Fiquei completamente enlouquecida!
Tudo estava perfeito!
De repente, sussurrou no meu ouvido:
âVou ao banheiro… NĂŁo saia dai” …
âVai colocar camisinhaâ – pensei.Â
“Acho que foi exatamente neste momento que meu inferno começou” …
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A vergonha de Margareth era tanta, mas tanta, que cobriu o rosto com as mĂŁos…Â
Eu quase nĂŁo a ouvia… Â
MĂŁos no rosto, choro e soluço…Â
Ela gaguejou:
âE-li-san-ge-la, ele voltou do banheiro…
Mas, nĂŁo tinha ido colocar camisinha…
Ele voltou… com o corpo coberto de… de… fezes!Â
Eu comecei a gritar:Â
Que que Ă© isso? Â
Que nojo!
VocĂȘ Ă© louco?âÂ
âPaaaara de gritarâ â disse ele.Â
âFica qui-e-ti-nha!âÂ
âTentei catar minhas roupasâ…Â
Ele gritou:Â
âPode parar!
âVocĂȘ nĂŁo sai daqui! Tem um servicinho pra fazer!âÂ
âQue servicinho, seu louco?â Â
âCome TUDO!âÂ
âO quĂȘ?â â perguntei enojada.Â
âCO-ME TU-DO!”
âNĂŁo se preocupe! VocĂȘ vai gostar!âÂ
Eu falei:Â
âNĂŁo vou fazer isso, seu doente nojento!âÂ
âAhhhhh… NĂŁo vai nĂŁo?â â disse ele.Â
âVamos ver se nĂŁo vai mesmoâ …Â
âNesse momento, ele foi novamente ao banheiro e voltou nada mais nada menos que com uma arma na mĂŁoâ …Â
Apontou a arma para minha cabeça e disse:Â
âCome essa merda ou eu te mato AGORA!â…Â
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âAcho que nĂŁo preciso contar o resto, nĂ©?” … Â
âE como vocĂȘ saiu de lĂĄ?â â perguntei.Â
âEntramos no carro. Ele parou a uns 50 metros da entrada do motel”.Â
“Disse que era para eu ir embora”…Â Â
“Me ofendeu muito”! Â
“Me xingou de vĂĄrios nomes” …
E antes de me obrigar a descer, me ameaçou:Â
âSe vocĂȘ der queixa, pode ter certeza que eu te acho!âÂ
âFiquei na ruaâ …Â Â
âNĂŁo sabia onde estavaâ …Â Â
âCom muito custo, consegui fazer com que um tĂĄxi parasseâ …Â Â
âNĂŁo sei como aquele homem teve coragem de me deixar entrar no carro deleâ …Â
âEu fedia muitoâ …Â
O olhar do taxista era uma mistura de pena com nojo, com sei lĂĄ o quĂȘ…Â Â
Eu disse a ela:Â
âVai o deus, vem o anjoâ …Â
Margareth deu um sorrisinho, que parecia dizer:  âME AJUDA!âÂ
âAgora, me fala, tem como continuar minha a vida?âÂ
âEu tenho vontade de morrer todos os dias!âÂ
âSinto vergonha de tudo e de todos!âÂ
âOlho para as pessoas e tenho a impressĂŁo que elas sabem! Parece que todo mundo sabeâ …Â
âDesenvolvi uma prisĂŁo de ventre severa, fico dias sem evacuarâ …Â Â
âAcho que a culpa foi minhaâ …Â
âAcho que foi um castigo de Deus por ter ido pra cama no primeiro encontroâ …Â
âNĂŁo vejo saĂda…
“SĂł a morte para me livrar de tanta dorâ …
Entendendo a Coprofagia…Â
A Coprofagia na literatura psiquiĂĄtrica Ă© considerada uma das inĂșmeras parafilias existentes.
Uma parafilia Ă© um distĂșrbio psĂquico onde hĂĄ uma obsessĂŁo ou preferĂȘncia por prĂĄticas sexuais nĂŁo socialmente aceitas como a zoofilia (sexo com animais); pedofilia (sexo com crianças); necrofilia (sexo com cadĂĄveres), entre outras.
A Coprofilia é a excitação sexual devido ao contato com as fezes do parceiro.
A Coprofagia seria o extremo da Coprofilia. Na Coprofagia, um parceiro sexual ingere as fezes do outro.
Sendo classificado como um “sintoma” a Coprofagia Ă© um tipo de Cacofagia.
Agora confundi vocĂȘ?
A Cacofagia Ă© uma alteração do paladar e do apetite que leva a pessoa a ingerir “coisas” asquerosas, tipo “cocĂŽ”.
Acredita-se que alteraçÔes de personalidade podem desencadear a Coprofagia.
Curiosamente, animais entediados podem desenvolver Coprofagia (comum em gatos e cĂŁes).
Em rituais de dominação sexual entre duas pessoas ou em grupo, a pessoa considerada dominante, pode defecar no corpo, no rosto ou até na boca do dominado, obrigando-o a ingerir as fezes.
Esta prĂĄtica tambĂ©m Ă© conhecida como “scatsex”.Â
Talvez, o tal âdeus gregoâ de Margareth, fosse tambĂ©m um psicopata, porque normalmente, o coprofĂlico tem uma relação de âcumplicidadeâ com o(a) parceiro(a). Â
Os dois âcurtemâ a brincadeira. Ă um acordo. Mesmo nas prĂĄticas de dominação, os parceiros sabem exatamente o que vai acontecer…
Existem pessoas que apresentam esta parafilia (preferĂȘncia ou obsessĂŁo por prĂĄticas sexuais socialmente nĂŁo aceitas).Â
E… choca! Ă muito mais gente que vocĂȘ imagina!Â
Mas, claro que ninguĂ©m conta isso na mesa do bar, nĂ©?Â
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VocĂȘ estĂĄ na balada… Pinta um “crush”…
NinguĂ©m pode te impedir ou julgar por ir pra cama com ele (a)…
Mas vocĂȘ nĂŁo conhece a pessoa, entĂŁo, nĂŁo hĂĄ como prever as preferĂȘncias sexuais dela.Â
E nĂŁo se iluda: um rosto bonito e corpinho sarado nĂŁo refletem o que estĂĄ na mente…
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Ainda sobre o caso de Margareth…Â
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Claro que esta mulher ficou traumatizada com o que viveu (e quem nĂŁo ficaria?).Â
Mas, sabe qual o maior problema?Â
A culpa…Â
Como Margareth sempre foi muito âcertinhaâ, considerou o fato uma âpuniçãoâ ao comportamento dela.Â
NĂŁo se perdoava…Â
Ainda nĂŁo se perdoa…Â
Mas, nĂŁo apresenta mais pensamentos suicidas, trabalha, casou-se de novo…Â
JĂĄ compreendeu que nĂŁo foi a âousadiaâ dela quem atraiu aquela situação…Â
A verdade Ă© que, de mĂ©dico e de louco… todo mundo tem um pouco…
Â
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Beijos no coração…Â
Â
AtĂ© a prĂłxima…Â
Quer mais?
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