Eu quero mais
Continuo apostando minhas fichas na classificação do Tupi para a final da Série C. Se o placar em Juiz de Fora no último sábado não foi o que o torcedor esperava, o 0 a 0 foi o menos pior dos resultados ruins possíveis em um mata-mata. Qualquer empate com gols garante o Galo Carijó na decisão. Jogando com a inteligência que mostrou em Arapiraca, com consistência defensiva e apostando em contra-ataques rápidos, isso não me parece uma missão das mais impossíveis.
Fico triste com a cidade satisfeita “só” com o acesso. Tudo bem! Eu sei que a vaga na Série B sempre foi o sonho de consumo do torcedor juiz-forano (ou daqueles que gostam, de fato, do Tupi). Mas com a cadeira no grupo dos 40 maiores clubes do país garantida, por que não sonhar com algo mais? Por que não repetir a façanha de 2011 quando o nosso Carijó, o time da nossa cidade, foi lá no Nordeste e calou meio mundo (ou melhor, calou o Mundão de Arruda inteiro)?
Fico triste de ver que os juiz-foranos sequer compraram metade da carga de ingresso colocada à disposição no último sábado. Fico triste de ver que acidade não soube retribuir nas arquibancadas a façanha conquistada por esse grupo de jogadores e comando aguerrido. Fico triste de ver que no futebol brasileiro a vaga nos tais G4 da vida têm tanto ou mais valor que a conquista de um título.
Essa tristeza está longe de significar desprezo pelo que foi conquistado até aqui. O acesso foi e ainda é algo indescritível. Porém, apesar de não ser um eterno insatisfeito e reconhecer os méritos, eu quero mais. Assim como a cerveja mais gostosa é a saideira, o título da Terceirona é a coroação que os comandados de Leston Júnior e os torcedores – de fato, não os de ocasião – merecem. O sonho segue vivo.