Cadê a união?
O futebol brasileiro não estreou muito bem na Libertadores. Salvo as vitórias apertadas de Corinthians e Atlético, as demais equipes claudicaram na primeira rodada do torneio que é obsessão de nossos clubes. O Palmeiras ficou no empate com o genérico uruguaio do River Plate, enquanto São Paulo e Grêmio foram derrotados pelo The Strongest, da Bolívia, e pelo Toluca, do México. Apesar de somarem apenas 46% dos pontos nas partidas inaugurais, o pior revés dos times nacionais deve acontecer fora de campo, com a palhaçada que a Conmebol vem fazendo com o Verdão.
É inadmissível a sinalização da confederação sul-americana de impedir que a Allianz estampe seu logo no estádio do Palmeiras durante a realização dos jogos da Libertadores. Mesma constante no regulamento, a vedação beira o absurdo, já que fere uma parceria firmada por anos na negociação pela exploração do nome da arena. Corretamente, a empresa se mostra irredutível na manutenção de suas marcas, e o Palmeiras pode se ver obrigado a jogar fora de sua casa na principal competição da temporada.
Independentemente de rivalidade, clubes brasileiros e estrangeiros deveriam combater juntos tamanha arbitrariedade. Ou mesmo se organizarem em ligas – mas algo menos amador e pelego como a tal Primeira Liga que precisou pedir bênçãos à CBF para sair do papel – e quebrar a ditadura da cartolagem. Não dá mais para aceitar as ingerências de FMF’s, CBF’s e Conmebol’s da vida. Na prática do “farinha pouca meu pirão primeiro” da cartolagem, as próprias agremiações esportivas só olham para o próprio umbigo e sobra desunião. Quem perde? Os torcedores e investidores sérios que se dispõem a apoiar e bancar o esporte.