A lembrança ecoa molhada como um quadro triste na velha parede da memória. Vinte e seis de novembro de 1997. Mais dez mil pessoas presentes à partida que inaugurou a iluminação do Municipal. O Tupi precisava de uma vitória simples contra o Sampaio Corrêa para avançar à sonhada Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro. Estava lá. Gritei até ficar rouco. Mesmo após o gol dos maranhenses, anotado aos 34 do segundo tempo, ou mesmo quando deixava as arquibancadas, com lágrimas disfarçadas em meio às gotas de chuva que castigaram a cidade e o torcedor carijó.
Quedas, acessos e um título nacional depois, vou realizar meu anseio de adolescente. Enfim. Hoje, às 21h30, vou assistir ao Galo Carijó – de 1912, 1966, 1997 e 2011 – estrear pela Série B. Estarei lá uma vez mais. Mesmo que chova – ou que chore – como foi 19 anos atrás. Acho – só acho – que todo o juiz-forano devia fazer o mesmo, pois todo sonho é melhor quando sonhado em conjunto.