O meu #SuperBowl
Sou daqueles que colocam o futebol na prateleira mais alta das paixões esportivas. Assisto e debato uma coisa ou outra, mas o que me deixa com nervos à flor da pele é o jogo disputado com 11 para cada lado. Sou meio blasé com estrangeirismos como UFC, NBA e NFL. Não que não me interesse. Gosto de tais ligas – mantendo certa distância. Este limite, contudo, foi rompido no último domingo. O Super Bowl, a decisão do futebol americano estadunidense, invadiu meu espaço. Acabei bombardeado com informações apaixonadas sobre o duelo entre Patriots e Falcons. Parafraseando o meme, “logo eu”, que só conheço tal esporte por conta de um joguinho do Mega Drive, o “Joe Montana II: Sports Talk Football”.
Mesmo com a TV rodando maratonas infinitas de séries via streamming, senti-me um pouco dentro do Super Bowl. O celular trilou intermitente com notificações nos “facebooks”, “twitters” e “whatsapps” da vida. Monotemáticas, as mensagens tinham na #SuperBowl um amálgama. Entre um episódio e outro do thriller político “Designated Survivor” – um “House of Cards” à Jack Bauer, pude acompanhar a decisão pelos comentários de palpiteiros e “entendidos”. Vi que o Falcons abriu 28 a 3; que o marido da Gisele Bündchen liderou o Patriots em uma virada histórica; e que os fã da Lady Gaga ficaram ofendidos porque o narrador chamou a cantora de “ri-dí-cu-la”. Tudo acompanhado de exclamações, palavrões e certezas absolutas de que aquele era o ápice de esporte mundial.
Por um momento, diante de tal histeria, pensei em colocar na ESPN e me juntar à manada. Mas, acabei engatando mais um episódio de “Designated Survivor”, mesmo que a vontade fosse assistir a uma partida do Paulistão.