Bebida mais cara no bloquinho? Saiba quando o preço mais alto pode ser considerado abusivo
Pesquisa de preços de bebida, caixas e bolsas térmicas são estratégias para evitar gastos excessivos
Em uma das épocas mais animadas do ano, o carnaval, a busca pela bebida mais barata e mais gelada é uma verdadeira disputa. A descoberta do bar, da distribuidora, de barraquinhas e vendedores ambulantes com os preços mais baixos e com as bebidas trincando, é como um prêmio para quem quer curtir a festa sem gastar muito. Afinal, de Pix em Pix, o folião dá um gole e esvazia a conta.
Durante os bloquinhos e festas de rua, é comum achar bebidas com preços mais altos do que os praticados em mercados e distribuidoras. Uma cerveja ou drink em lata pode ser encontrado pelo dobro ou até pelo triplo do preço em barraquinhas ou com vendedores ambulantes. A Tribuna esteve nas ruas e verificou que uma latinha de cerveja, que custava R$5,50 no mercado, era vendida a R$10 por ambulantes em um bloco realizado no sábado em Juiz de Fora.
Para economizar, há quem prefira e tenha disposição de levar suas bebidas em caixas e bolsas térmicas. Mas como saber se os valores cobrados são abusivos ou não? Qual é o limite para o aumento de preços das bebidas vendidas nas ruas?
De acordo com Gisele Zaquini, gerente do Departamento de Estudos, Pesquisas e Projetos do Procon/JF, não é possível falar sobre um teto para o custo das bebidas, já que estes produtos não são tabelados. “O preço abusivo pode ser identificado quando há aumento de preços sem uma justificativa aparente se comparado ao valor médio praticado no mercado”, explica. A recomendação do órgão é que os consumidores pesquisem para achar as melhores ofertas, buscando sempre pelo melhor custo e melhor benefício, sem perda de qualidade do produto.
A gerente também afirmou que o Procon/JF e a fiscalização de posturas têm acompanhado os eventos de carnaval na cidade, monitorando e recebendo denúncias sobre práticas que violam as normas de consumo. Além disso, o órgão irá promover ações educativas voltadas para a orientação dos consumidores com relação à consumação mínima, precificação de produtos típicos do carnaval (fantasias e bebidas) e diferenciação nas formas de pagamento.
Se houver descumprimento de normas ou suspeita de práticas abusivas no comércio, o consumidor pode entrar em contato com o Procon da cidade. A equipe atende pelos telefones (32) 3690-7610, 3690-7611 ou pelo WhatsApp: (32) 98432687.