Mandado é cumprido em Juiz de Fora por suposta associação criminosa na Câmara de Muriaé
Ex-presidentes do Legislativo teriam realizado “consórcio de empresas fraudulentas” para desvio de dinheiro público
Quatorze mandados de busca e apreensão foram cumpridos, na manhã desta terça-feira (26), em Juiz de Fora, no município de Vieiras – a cerca de 200 quilômetros de JF –, e em Muriaé – a cerca de 160 quilômetros –, cidade onde é investigada uma possível associação criminosa na Câmara Municipal.
A Operação Mãos Invisíveis, deflagrada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), aponta que dois ex-presidentes do Legislativo de Muriaé, um ex-diretor financeiro da Câmara, funcionários públicos e empresários estariam cometendo crimes de lavagem de dinheiro e fraudes à licitação.
Segundo as investigações, os envolvidos teriam constituído um “consórcio de empresas fraudulentas”, com organizações de construção civil criadas em nome de “laranjas”, para frustrarem a concorrência de vários procedimentos licitatórios em municípios da microrregião de Muriaé. Após as contratações, o dinheiro era lavado circulando ainda na mão de laranjas.
A operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) da Zona da Mata decorre de outras duas, deflagradas de 2021 a 2024, que revelaram um complexo esquema de desvio de verbas públicas.
A Tribuna questionou ao Ministério Público quantos mandados foram cumpridos em Juiz de Fora e qual a razão deles, mas o órgão se limitou a dizer que as informações disponíveis foram apenas as divulgadas em release.
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