Voto cidadão

A partir deste domingo, a Tribuna inicia uma série de ações voltadas exclusivamente para as eleições de 2024, na qual estarão em jogo o comando da Prefeitura Municipal e, agora, 23 cadeiras da Câmara Municipal. Com ações mais amplas, por conta do uso também das redes sociais, o jornal fará diagnósticos de temas relevantes e de interesse direto da população, para submetê-los aos candidatos ao Executivo, após terem seus nomes homologados em convenções partidárias.

O projeto Voto & Cidadania foi concebido pela Universidade de Navarra, na Espanha, e a aplicado no curso de Masters em Jornalismo pela Fundação Cásper Líbero, em São Paulo. A Tribuna, por mais de uma edição, encaminhou seus profissionais para participarem do projeto, cuja base é avaliação das demandas da população, o que pensam os políticos e as formas que pretendem adotar para possíveis soluções.

No entanto, não se trata de um trabalho para exposição de meros declaratórios, nos quais os entrevistados apresentam seus projetos pura e simplesmente. O jornal avaliao que é factível e o que é apenas conversa de palanque. A cidadania é o centro do trabalho, pois o povo carece de informações consolidadas, sobretudo em tempos de notícias falsas.

Aos meios de comunicação cabem ações importantes, como “check facts”, isto é, checagem de dados, para garantir informações seguras para os leitores e eleitores.

Os candidatos ao posto majoritário terão, ainda, oportunidade de se apresentarem. A partir do dia 3 de setembro – sempre às terças-feiras e quintas-feiras -, eles serão entrevistados por repórteres da Rádio Transamérica e da Tribuna, em transmissão ao vivo pela rádio, na frequência 91,3 FM e pelas plataformas digitais da Rede Tribuna.

As eleições municipais são de importância única para a população, uma vez que é nas cidades que as coisas acontecem. A despeito de os recentes pleitos locais e, certamente o deste ano, terem espaço para questões nacionais, até mesmo como estratégia, o cidadão quer, ao fim e ao cabo, saber o que pode ser feito em sua região.

E aí entra o papel do jornalismo engajado com as causas da cidade, uma vez que, como qualquer município de seu porte, Juiz de Fora tem desafios a serem enfrentados, e cobrar dos candidatos informações de como agir faz parte do trabalho.

A despeito de não serem ouvidos diretamente, em razão do expressivo número de candidatos, os postulantes a uma vaga na Câmara também serão acompanhados, já que o Legislativo é peça fundamental na vida da cidade. Os vereadores recebem uma procuração (mandato) dos eleitores para, em seu nome, elabor leis, votar, falar e fiscalizar os atos do Executivo. Não é pouca coisa, o que exige atenção do eleitor na hora de definir o seu voto.

Quatro anos depois, nem todos se lembram do voto no pleito anterior. É algo grave, pois o papel do vereador é fundamental, sobretudo quando é ele quem representa a cidadania.