Pesquisadores finalizam caracterizaĆ§Ć£o dos queijos de Ibitipoca
DiagnĆ³stico da Epamig ILTC envolveu a anĆ”lise da produĆ§Ć£o de seis queijarias da regiĆ£o
Pesquisadores do Instituto de LaticĆnios CĆ¢ndido Tostes (Epamig ILTC) concluĆram o projeto “CaracterizaĆ§Ć£o do queijo Minas artesanal da regiĆ£o Serras da Ibitipoca”. A pesquisa, com o objetivo de agregar valor aos queijos de Ibitipoca e estimular a atividade na regiĆ£o que Ć© reconhecida como produtora de queijo Minas artesanal (QMA), avaliou a maturaĆ§Ć£o do produto em dois perĆodos distintos, verĆ£o, caracterizado por chuva e umidade, e inverno, quando predomina o tempo seco. Os trabalhos tiveram inĆcio em fevereiro deste ano e contemplaram a avaliaĆ§Ć£o fĆsico-quĆmica e microbiolĆ³gica dos queijos produzidos, da Ć”gua, do pingo e do leite utilizados.
“Com o auxĆlio da Emater-MG e da AssociaĆ§Ć£o dos Produtores de Queijo Minas Artesanal da RegiĆ£o Serras da Ibitipoca (Aproq), foram selecionadas, por meio de entrevista e interesse em participar da pesquisa, seis queijarias”, conta a professora e pesquisadora da Epamig ILCT, Renata Golin Bueno Costa, coordenadora do projeto, que acrescenta: “embora a regiĆ£o tenha sido reconhecida como produtora de QMA, hĆ” poucos produtores se dedicando a atividade nas Serras da Ibitipoca”.
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As anĆ”lises abrangeram cinco tempos de maturaĆ§Ć£o diferentes (sete, 14, 22, 40 e 60 dias). “Vinte e dois dias Ć© o tempo mĆnimo exigido pela legislaĆ§Ć£o para a maturaĆ§Ć£o, por questƵes de seguranƧa do alimento, mas existem regiƵes que possuem caracterĆsticas especĆficas e autorizaĆ§Ć£o para um perĆodo menor de maturaĆ§Ć£o”, explica Renata Golin.
Ela explica que o queijo seria maturado pelo produtor na prĆ³pria propriedade e o instituto buscaria as amostras para as anĆ”lises nos laboratĆ³rios da instituiĆ§Ć£o. “No dia da fabricaĆ§Ć£o, a gente coletou ainda amostras da Ć”gua, do pingo e do leite e fez a caracterizaĆ§Ć£o fĆsico-quĆmica e microbiolĆ³gica dos trĆŖs para detectar se algum desses fatores afetaria na qualidade fĆsico-quĆmica e microbiolĆ³gica dos queijos produzidos em cada um dos perĆodos avaliados”, detalha Renata Golin, lembrando que a regiĆ£o das Serras da Ibitipoca Ć© uma das contempladas pelo projeto “Monitoramento da qualidade de queijos artesanais de Minas Gerais e capacitaĆ§Ć£o de tĆ©cnicos e produtores visando agregaĆ§Ć£o de valor e competitividade”.
Resultados
Os resultados vĆ£o compor a dissertaĆ§Ć£o de mestrado de NatĆ”lia Ricardo Leite Silva, orientada pela professora Renata Golin no Mestrado Profissional em CiĆŖncia e Tecnologia do Leite e Derivados, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em parceria com a Epamig ILCT e a Embrapa. “Ela jĆ” produz o queijo Minas artesanal na regiĆ£o e vai poder repassar os conhecimentos adquiridos. A gente notou que a estaĆ§Ć£o do ano influenciou em muitos parĆ¢metros. No verĆ£o, o queijo seca mais rĆ”pido. JĆ” no inverno, fica mais Ćŗmido”, comenta Renata.
A tese serĆ” defendida em marƧo de 2024 e tambĆ©m resultarĆ” em artigo cientĆfico. O projeto “CaracterizaĆ§Ć£o do queijo Minas artesanal da regiĆ£o Serras da Ibitipoca” foi financiado pelo edital Universal 2021 da FundaĆ§Ć£o de Amparo Ć Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).