Balança comercial brasileira registra superávit histórico

Por Maria Souza, Ítalo Bellozi, Jamaika Prado e Weslem Faria

A balança comercial brasileira atingiu um marco histórico em março, registrando superávit de US$ 11 bilhões, de acordo com dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O valor representa aumento de 38,4% em relação ao mesmo período do ano passado e é o maior já registrado para todos os meses desde que a série histórica da balança comercial começou em 1989. O recorde anterior havia sido atingido em junho de 2021, com um saldo positivo de US$ 10,41 bilhões.

As exportações atingiram em março a soma de US$ 33,06 bilhões, enquanto as importações foram de US$ 22,1 bilhões. O aumento no saldo comercial está relacionado ao crescimento nas exportações de soja (US$ 7,35 bilhões) e de petróleo (US$ 5,59 bilhões) que tiveram uma concentração de desembaraços aduaneiros em março, aumentando os volumes de embarque. As exportações de soja foram especialmente afetadas por uma queda em fevereiro, que foi compensada por embarque mais robusto em março.

No acumulado do primeiro trimestre deste ano, a balança comercial registrou saldo positivo de US$ 16,06 bilhões, contra um superávit de US$ 12,18 bilhões no mesmo período de 2022, um aumento de 29,8% pela média diária. As exportações somaram US$ 76,43 bilhões, um aumento de 3,4% pela média diária em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto as importações totalizaram US$ 60,36 bilhões, uma queda de 1,9%.

Os principais compradores em março foram China e Macau, com um total de US$ 11,1 bilhões (12,3%), seguidos pela União Europeia, com US$ 5,02 bilhões (6,4%), Estados Unidos, com US$ 3,12 bilhões (4%), e Mercosul, com US$ 2,18 bilhões (16,2%), sendo US$ 1,57 bilhão somente para a Argentina (25,8%).

Esse resultado histórico é uma notícia positiva para o Brasil, visto que um aumento nas exportações pode ajudar a impulsionar a economia. A expectativa é que a balança comercial feche o ano de 2023 com superávit de US$ 84 bilhões, o que seria um novo recorde histórico. As exportações devem somar US$ 325 bilhões neste ano, com queda de 2,8%, enquanto as importações devem totalizar US$ 241 bilhões, com uma redução de 11,8% em relação ao ano passado.

 

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