Como a alimentação pode ajuda e prevenir a hipertensão arterial
A hipertensão arterial é um dos principais problemas da saúde pública no mundo. Ela também é chamada de pressão alta ou pressão arterial elevada. É uma condição em que aumenta a pressão que o sangue faz na parede das artérias.
Ela acontece quando as artérias sofrem algum tipo de resistência ou perdem a capacidade de contrair ou dilatar, fazendo com que o coração faça mais força para bombear o sangue, de forma que ele circule pelos vasos sanguíneos.
A hipertensão arterial sistêmica é a doença de maior prevalência no Brasil e a principal causa de morte, sendo responsável por 65% dos infartos agudos do miocárdio e 80% dos acidentes vasculares cerebrais (AVCs). Mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo tem hipertensão arterial, ou seja, ⅓ da população global adulta. No Brasil, 38 milhões têm pressão alta, sem contar que ela atinge 30% da população adulta e 60% da população acima dos 60 anos. Além disso, estamos em sexto lugar nos países com a mais alta taxa de morte por doenças cardíacas, infartos e hipertensão arterial.
Diagnóstico
Deve-se fazer de 3 a 6 aferições em dias diferentes, com períodos superior a um mês entre a primeira e a última aferição. Então se der acima ou igual a 140 x 90 mmhg (14×9)é feito o diagnóstico de hipertensão arterial. Temos também o mapa, em que o paciente vai para a casa com um equipamento instalado no braço (uma braçadeira chamada de manguito) programado para fazer medições da pressão arterial durante 24h, sendo possível avaliar o comportamento da pressão ao longo do dia.
A hipertensão pode ser classificada em dois tipos:
a essencial ou primária (quem tem fator genético, idade, etnia, sendo mais comum nas populações negras e asiáticas); menopausa, diabetes, deficiência de vitamina D ou magnésio, obesidade, sedentarismo, sono irregular, consumo excessivo de sal, álcool e tabagismo.
a secundária, que é causada por um tumor renal, alterações hormonais, ou uso de medicamentos como corticoides, anti inflamatórios, anorexígenos e antidepressivos. É importante lembrar que geralmente ela é assintomática. Mais de 50% dos hipertensos não têm consciência disso e muitas vezes só vão descobrir quando sofrem um infarto ou um AVC.
Os sintomas mais comuns são cefaleia (dor de cabeça), dor na nuca, palpitação, dor no peito, tontura, falta de ar, cansaço, zumbido, alterações visuais (a vista fica embaçada), uma sensação de peso nas pernas, rinorragia e ansiedade.
Vale destacar, também, que houve um aumento da expectativa de vida, da obesidade, do sedentarismo, do stress, associados aos maus hábitos alimentares fez que aumentasse muito a incidência de hipertensão arterial nas últimas décadas.
Com isso, as complicações são muitas. A hipertensão arterial aumenta o risco de desenvolver retinopatia, podendo levar à cegueira, AVC, insuficiência cardíaca, infarto agudo do miocárdio, insuficiência renal, impotência sexual, além de demência.
Pesquisa realizada pela University College London e publicada no periódico “The Lancet”, aponta que as pessoas que apresentam hipertensão arterial mais jovens têm maiores lacunas na substância branca do cérebro, que é a área responsável por transmitir informações entre os neurônios no sistema nervoso central, favorecendo o aparecimento de demência (quando ocorre perda da função cerebral causando problemas cognitivos, de memória, raciocínio,linguagem e até de comportamento).
Como prevenir?
Evitar o tabagismo, diminuir o consumo de bebidas alcoólicas, controlar o estresse, fazer atividade física regularmente, manter o peso corporal adequado e ter uma alimentação saudável.
Alimentos que devemos evitar?
Os alimentos ricos em sódios, carnes processadas (presunto, mortadela, bacon, paio, salsicha e defumados), peixes enlatados, temperos prontos, sopas e caldos industrializados, macarrão instantâneo, vegetais enlatados, salgadinhos industrializados, margarinas e refrigerantes zeros.
Como deve ser a alimentação?
É fundamental uma alimentação rica em legumes, verduras, principalmente as verdes escuras, como espinafre; em cereais integrais, oleaginosas, peixes (possuem ômega 3), frutas, principalmente as vermelhas, como a romã (rica em antioxidantes e antocianinas que promovem o relaxamento dos vasos sanguíneos favorecendo a circulação do sangue), o alho crú (ele tem uma substância chamada alicina, que diminui a pressão e melhora a circulação), água de coco, chá verde, semente de abóbora, semente de chia, linhaça e chocolate amargo.
Além disso, vale lembrar que a medicação para tratamento da hipertensão arterial pode causar efeitos colaterais, como cefaléia, tontura e até a impotência sexual,portanto é imprescindível buscar uma mudança no estilo de vida para reduzir e até evitar o uso de medicamentos.