Villa Real divulga “elenco juiz-forano” e exalta estrutura para o Mineiro
Mais de 90% dos atletas confirmados são de JF, com ex-Tupi, Baeta e Manchester, além de base campeã do Regional; estreia é no próximo dia 7 de agosto
A menos de três semanas da estreia como time profissional na Segunda Divisão do Campeonato Mineiro, o Villa Real divulgou, na manhã desta quarta-feira (20), em coletiva realizada em sua sede social, no Bairro Bandeirantes, Zona Nordeste, o “elenco juiz-forano” que irá representar o clube pela primeira vez em uma competição federada. Ao todo, 22 atletas estão acertados, com jogadores ex-Tupi, Tupynambás e Manchester, todos de Juiz de Fora e região, assim como a comissão técnica. Além disso, o presidente Allan Taxista apresentou a estrutura do “Clube do Povo”, com direito a quadras, piscina e um futuro alojamento aos atletas, e transbordou confiança ao projetar o futuro do projeto.
“Nós viemos para fazer diferente. O futebol de Juiz de Fora vai ser colocado como antes do Villa Real e depois do Villa Real. Àqueles que não acreditaram, estamos aí, fazendo diferente e bem feito. Por isso a demora de disputar uma competição, porque primeiro estruturamos fisicamente e com todo o nosso pessoal em alto nível. Hoje é um início de um projeto que começou em 2020, num campo de terra, e temos alojamento sendo feito para atender nossos atletas, com piscina, quadras de grama sintética e de areia, sala de fisioterapia”, destacou o ex-atacante, ídolo do Tupi revelado aos 28 anos, após sucesso na várzea – DNA que carrega para o Villa Real.
Além de Allan Taxista, também falaram à imprensa o sócio-diretor do Villa, Wellington de Miranda, e o treinador Rafael Novaes.
O elenco
Juiz-forana, a comissão técnica do Villa Real é composta pelo treinador Rafael Novaes, o auxiliar Lukão, o preparador de goleiros Negrette e seu auxiliar, Marquinhos Brinquinho, o preparador físico Léo Toledo, o fisioterapeuta Walber Júnior, além dos roupeiros Pelé e Elias.
Na relação dos atletas estão os goleiros Danilo e Arthur; os zagueiros Luan Merhey, Emerson, Lucas Batata, Nogueira, João Victor e Pedro; os laterais Eldinho, Michel, Lucas Thiago, Adson e Luizinho; os meio-campistas Matheus Morall, Maicon Mogango, Gui, Matheus Azeitona, Dane e Rhuan; e os atacantes Wellitin, Ramonzinho e Carrasco.
As imagens dos atletas você confere neste link.
Destes, Élder (Eldinho), Adson e Emerson são ex-Tupi, enquanto Daniel é ex-Baeta, e Arthur, Luan Merhey, João Victor e Matheus Azeitona atuaram pelo Manchester. Há a expectativa, ainda, de mais um jogador do Tupynambás chegar, após a disputa do Módulo II.
Dos 22 nomes, sete tem mais de 23 anos – a Terceirinha só permite cinco atletas relacionados por jogo nesta faixa etária: o goleiro Danilo (25 anos), os zagueiros Luan Merhey (32 anos) e Emerson (26), os laterais Eldinho (25) e Michel (30), o meio-campo Maicon Mogango (28) e o atacante Ramonzinho (28).
Dos 22 confirmados, 19 são de Juiz de Fora, com um de Barbacena, um de Santos Dumont e um de Três Rios. A ideia é contar com, no máximo, 30 nomes durante a Segunda Divisão.
“Priorizamos, primeiro, trabalhar com jovens, o campeonato pede isso, e os mais velhos são pra suprir essas lacunas. Entendemos que deveríamos priorizar o setor defensivo, porque é um campeonato de muito embate físico. Estamos trazendo atletas acostumados com esse tipo de competição, de muita bola longa, pelo alto. Quando eu estava no Tupi (Módulo II de 2021), de 12 gols sofridos, acho que dez foram em bolas paradas, mas não pude escolher o elenco, o que não vem ao caso. Não quero cometer os erros do passado. Priorizamos atletas que têm um lastro, que já sabem como é a competição, para colocar um setor ofensivo mais leve, que é característica de quem é de Juiz de Fora, de extremos mais rápidos”, esmiuça Novaes.
O treinador acredita em jogos definidos por times que errarem menos, o que moldou suas escolhas para a equipe. “No Módulo II foi liberada qualquer idade e acho que vocês perceberam que foi muito nivelado e por baixo, dificilmente tem uma jogada bonita, é mais aérea, uma escapada ou outra, uma falha. É um campeonato mais feito de erros que acertos. E a montagem do elenco foi feita com base nisso para a Terceirinha”, conta.
Estrutura e treinamentos
As atividades do clube serão diárias em parceria com agremiações da cidade, mas com micro-ônibus próprio e estrutura na sede fornecida aos jogadores e demais profissionais, como reiterou Allan Taxista. “Pagamos mensalidade ao Sport pra treinar lá, o Tupi nos abriu as portas uma vez por semana, sem cobrar nada, e o Tupynambás também com o Cláudio (Dias, presidente), um parceiro até mesmo por fora em termos de nos passar informações, em apoiar a gente, porque é nossa primeira vez. Somos adversários somente dentro das quatro linhas, almejo ver todos esses clubes no Módulo I do Mineiro.”
Campeão do Regional, o Villa Real realizava dois treinos por semana, às vezes em dois períodos, sem condições de pagar salário aos atletas, o que irá mudar, naturalmente, a partir do próximo mês. “No Regional foram 12 jogos e não foi fácil. Não pagamos ninguém, recebiam por vitória e muito pouco, e agora tiramos os destaques do regional e trouxemos pro profissional. De 50% a 60% daquele time foi aproveitado para a base de agora”, destaca Rafael Novaes. “Treinávamos duas vezes por semana, vários jogadores em dupla carga de trabalho, eram motoboys durante o dia ou trabalhavam na empresa à noite e pegavam pouco tempo de treino pra iniciar o processo. Com o Campeonato Mineiro, é claro que a base vai ser mantida, mas a gente trouxe atletas que tenham um DNA juiz-forano”, complementa.
Na Rua Paracatu, Bairro Bandeirantes, a sede social e administrativa do Villa Real foi apresentada e irá contemplar alojamento com beliches, cozinhas, vestiários e sala de fisioterapia, além de espaço para a comissão técnica e diretores. O local também possui uma piscina, além de quadra de areia e outra de society, com salão que poderá ser alugado para festas, com o objetivo de trazer recursos ao clube.
Estreia, casa e ingressos
A estreia do Villa na Segunda Divisão do Mineiro será no próximo dia 7 de agosto, contra o Figueirense, às 11h, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, palco de todas as partidas juiz-foranas na competição. A ideia, conforme o presidente Allan, é a de que os ingressos tenham preços acessíveis, de R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada).
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