Automóveis, eletrodomésticos, celulares e computadores são apenas alguns exemplos de um amplo e diversificado grupo de produtos que necessitam de semicondutores. Atualmente, o mundo vive uma crise no mercado dos semicondutores, gerando um efeito cascata que atinge desde a fabricação de determinados produtos até o bolso do consumidor final, que sofre com o aumento de preço gerado pela menor oferta dos produtos em questão.
Mas afinal, o que causou a crise dos semicondutores?
Com o início da pandemia, grande parte das montadoras automotivas suspenderam a produção de suas fábricas, diminuindo a demanda do setor por semicondutores. Por outro lado, a implementação do trabalho em home office e do ensino a distância fez com que a demanda por aparelhos como computadores e celulares aumentasse consideravelmente, elevando a demanda por semicondutores para a produção desses.
Segundo a Bain & Company, uma empresa americana de consultoria, 70% dos semicondutores produzidos em 2020 foram direcionados para a indústria eletroeletrônica. No entanto, com a retomada da produção por parte do setor automotivo, a oferta de semicondutores não foi suficiente para suprir a demanda crescente, causando atrasos de entrega e até mesmo falta do produto no mercado. Além disso, vale ressaltar que o alto custo e a elevada tecnologia dificultam a rápida criação de fábricas de semicondutores agravando ainda mais a crise.
Para este ano, espera-se uma diminuição da demanda de semicondutores para dispositivos eletrônicos e um aumento da capacidade de produção sendo realocada para a indústria automobilística. Porém, em um cenário menos otimista, o volume perdido de produção não seria recuperado antes do segundo semestre deste ano, em um cenário em que a falta de semicondutores ainda continuaria impactando a produção dos veículos.