Eu me lembro bem do meu primeiro emprego em São Paulo, e de quando eu levava um monte de queijo mineiro para presentear os amigos paulistas. Era uma baita festa quando eu chegava, mas logo surgiu a pergunta: “Quando é que você vai trazer cachaça também?”.
Já ambientado na Terra da Garoa, entendi, visitando os botequins daquela cidade, por que a nossa boa cachaça mineira era tão valorizada, afinal, entre velhos-barreiros e pirassunungas da vida, uma boa cachacinha artesanal, de alambique e armazenada em madeira ganhava status de licor dos deuses logo no primeiro gole que os amigos paulistas davam na nossa marvada pinga, que de marvada não tem nada, ela é na verdade bendita!
Como é bendita a terra onde nasce a cana que nos dá a bebida que vou recomendar agora, produzida lá no Alambique Jaime Vargas, mais precisamente na Fazenda Três Barras, na aprazível zona rural da cidade de Miraí que, em seu hino municipal fala que aquele lugar é um “torrão tranquilo e sereno, torrão bendito por Deus”. Tá explicado! Essa é a origem da cachaça Torrão de Miraí, onde a palavra torrão logo me remete ao significado de “solo próprio para cultivo”, nesse caso o da cana-de-açúcar que origina essa deliciosa cachaça de alambique.
Envelhecimento na madeira para arredondar
Tradicionalmente, usamos madeiras diversas para armazenar a cachaça, conferindo a ela mais suavidade. Se nos destilados internacionais, como rum, brandy, wiskhy e cognac se usam barris de carvalho, por aqui a cachaça descansa não só nessa madeira, mas também em bálsamo, amburama, freijó, jequitibá, dentre outras, resultando numa gama enorme de sabores e aromas com resultados variados que, como diz o meu amigo bartender Henrique Passos, a pessoa não pode simplesmente dizer que “não gosta” de cachaça, porque, com tanta variedade, em algum momento vai experimentar uma que vai agradar em cheio o seu paladar.
No Alambique Jaime Vargas a opção para a guarda da Torrão de Miraí foi pela madeira amburana, que confere aroma floral e um certo dulçor à cachaça, uma ótima opção para quem começa a experimentar essa genuína bebida brasileira. Há também a clássica carvalho, nobre na cor e no sabor e cuja variedade está sempre presente nas prateleiras dos melhores bares de nossa cidade, ótima pedida para acompanhar nossos petiscos preferidos e uma boa prosa na mesa do botequim. Ambas recebem a denominação Ouro em seus rótulos, diferindo na cor para facilitar a identificação do consumidor na hora da compra: amburana com rótulo amarelo e carvalho com rótulo vermelho.
Já a versão Prata, clássica e branca, não é armazenada em madeira: ela descansa em tonéis de inox e nos entrega o frescor da cana, sendo uma excelente opção para os puristas degustadores de cachaça e também para o preparo de um bom drink, como a caipirinha de limão ou caipis tropicais, como nas dicas sugeridas no Instagram @cachacatorraodemirai – vale seguir como referência para prepararmos nossas receitas de bebidinhas em casa e sugestões de acompanhamentos para a degustação da cachaça no dia a dia.
Aliás, outra dica que deixo aqui e que é infalível – e eu mesmo sou exemplo, como contei no início do texto: presenteie seus amigos neste final de ano com uma boa cachaça Torrão de Miraí! Tenho certeza que serão vários brindes saborosos compartilhados com muita alegria e com a certeza de você ter acertado na escolha do melhor presente. Papai Noel agradece a parceria e até ele vai tomar uma boa dose para confraternizar! Vamos brindar juntos?
Você encontra a Torrão de Miraí nos melhores bares e butecos de JF e também na rede Bahamas de supermercados.
End.: Fazenda Três Barras. Estrada Miraí-Muriaé, Km 6 – Zona Rural – Miraí/MG
Contatos: (32) 98855-5777 (32) 98836-4717 e (32) 99983-4809
Representações: (32) 99123-0138