Um frango inteiro ensopado preparado de forma tradicional, cortado em pedaços e bem caldoso. A carne é bem cozidinha e chega ao prato quase soltando dos ossos de tão macia, mas mantendo a textura do frango caipira que a gente tanto gosta. Essa é a receita do sucesso do restaurante Olho no Olho, que fica no Bairro Náutico, na Zona Norte de Juiz de Fora.
Por lá uma família cuida de tudo. São os descendentes da senhora Maria José e do senhor Sebastião, que foram criados num sítio nos fundos de onde hoje é o restaurante e, juntos, trabalham em diversas funções naquele espaço: o Geraldo fica na frente do balcão, sendo responsável pelo atendimento ao público; a Maria é a responsável pelos frangos; já a Ana auxilia a Maria e também é quem cuida das porções; por sua vez, a Rita está à frente dos pratos à la carte, e para isso recebe o apoio da Adriana, que é esposa do Geraldo. Nos finais de semana, quando a casa enche mais, há reforço no serviço vindo da terceira geração da família, com Daniel, Tatiane, Felipe, Pedro Henrique e Juliana, netos que vão mantendo a tradição da família no negócio. Tudo funciona perfeitamente e já se vão 29 anos de trabalho e muitos franguinhos servidos.
E o frango é mesmo o carro-chefe da casa. E ele pode ser um autêntico caipira ou também a versão de granja, cabendo ao cliente escolher sua preferida. Já no preparo, quando é cozido em pedaços, recebe algumas receitas que vão do frango ao molho pardo, a minha preferida e uma das mais pedidas por lá; o frango com quiabo, um clássico da culinária raiz; o frango com batatas cozidas no próprio caldinho da galinha; e ainda o frango com macarrão, um prato consistente e saboroso que é muito apreciado. Há também uma versão de frango frito, para os que preferem essa forma de preparo. Todos acompanham arroz branquinho, uma travessa de angu e couve finamente fatiada e refogada na hora. Feijão também pode ser pedido à parte, para completar o banquete.
Eu tenho uma rotina quando vou lá: chego pedindo minha cervejinha gelada e busco na estufa do bar um tira-gosto para petiscar enquanto espero o preparo do meu frango. Batatinhas coradas e linguiça da roça sempre habitam a vitrine e caem muito bem enquanto a conversa flui na mesa à espera da chegada do prato principal. Para os mais ansiosos, pode-se optar pelo prato feito da casa e ainda recorrer ao cardápio à la carte com opções de bife à parmegiana, tutu à mineira ou o prato à moda da casa. Já nos finais de semana, podemos ir até as panelas do self-service e escolher entre as opções disponíveis, que sempre contam com comidas mineiras muito bem preparadas.
Após toda essa comida boa, é chegada a hora das sobremesas das quais eu não abro mão: as cocadas fresquinhas, daquelas que se come de colher ou amparado por um guardanapo para facilitar as mordiscadas sem fazer muita bagunça. Eu sou fã da cocada com maracujá, mas a que leva abóbora também é muito requisitada, assim como a tradicional branca e a convidativa cocada com açúcar queimado. O pé-de-moleque é a opção para os que preferem amendoim e, quando chega o domingo, saem da cozinha o pavê de prestígio, pavê de abacaxi e pudim de leite condensado, tudo caseiro, muito bem preparado e com sabor da amada comida de interior de Minas Gerais, nossa terra abençoada com essa culinária deliciosa.
Explicado o cardápio, vamos à dica de como visitar o Olho no Olho e aproveitar tudo que descrevi acima: basta seguir em direção à Zona Norte e, no Bairro Barreira do Triunfo, logo na chegada, pegar a estrada do Náutico à sua direita. Você vai rodar 3,5 km e vai visualizar o restaurante à direita da estrada, com uma ampla área de estacionamento protegida por frondosas árvores e o restaurante com uma enorme varanda cheia de mesas, tudo com bastante espaço e o precioso distanciamento tão valorizado atualmente. Daí pra frente, meu amigo leitor, é só aproveitar o lugar e se fartar com os franguinhos da casa. Vamos juntos?!
Estrada José Elias Mockdece 3540 – Náutico
WhatsApp: 3222-2007
