A pandemia na economia de Minas Gerais

Por Por Iris Maria Barquette

Em meio ao cenário atual de pandemia por coronavírus, não só a saúde tem se tornado um setor preocupante. Segundo a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), estima-se que Minas Gerais pode fechar o ano de 2020 com a perda de 2,02 milhões de empregos formais, considerando a paralisação quase total das atividades produtivas em um período de 30 dias.

O distanciamento social tem sido a medida mais eficaz para evitar a propagação do vírus, mas traz efeitos negativos sobre as atividades econômicas. Neste cenário, o funcionamento parcial de atividades que são consideradas fundamentais para a sociedade, como o setor alimentício, o setor de transportes e o setor farmacêutico estão mantidos, porém de forma mais reduzida.

O estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) mostra os efeitos negativos no mercado de trabalho e no PIB de Minas Gerais. No cenário com duração de 30 dias de paralisação, a queda do PIB mineiro poderá ser de 10,2% em 2020. O setor mineiro mais impactado será o de serviços, podendo apresentar recuo de até 36,4% no ano. O segundo setor mais afetado deverá ser o industrial com queda prevista de 17,0% no ano. O setor agropecuário também preocupa, visto que sua produção pode diminuir em até 5,4% no ano. O alarmante seria, principalmente, o número de famílias que perderiam a sua principal fonte de renda. Estima-se que 1,02 milhões de demissões aconteceriam no setor de serviços, seguido pela indústria geral, com 369,6 mil demissões no estado.

Para tentar suavizar os efeitos econômicos da pandemia, medidas para arrecadar uma renda extra estão cada vez mais presentes. O investimento em serviços e atividades on-line ganha peso nesta época. Através do delivery, produtos chegam mais facilmente até a residência dos clientes e muitos são os servidores e empreendedores que conseguem continuar com as suas atividades. Além disso, a população de baixa renda está sendo beneficiada com medidas de manutenção do consumo e emprego, por meios dos benefícios emergenciais concedidos pelo Governo Federal via Medidas Provisórias 927 e 936. Em Minas Gerais, o BDMG já anunciou linhas de crédito subsidiadas para que as empresas de pequeno e médio porte continuem a operar. Simulações podem ser feitas no site. Em meio à crise, alternativas deste tipo são um alento.

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