Criatividade, insumo importante para o desenvolvimento

Por Tribuna

Recentemente, foi anunciado pelo Ministério do Turismo (MTur) que Cataguases, um município situado na Zona da Mata Mineira, irá concorrer a um lugar na Rede de Cidades Criativas da Unesco. A seleção é realizada a cada dois anos e visa integrar internacionalmente cidades que identificam a criatividade como um fator estratégico para o desenvolvimento sustentável.

A ideia de usar a criatividade para alcançar desenvolvimento econômico e social define o que é conhecido como economia criativa. Segundo publicação do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), as atividades que compõem essa indústria são baseadas no capital intelectual e cultural e na criatividade que gera valor econômico, ou seja, além de promover diversidade cultural e desenvolvimento humano, geram emprego e renda para a economia.

O “Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil” elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) apresenta as atividades que formam a cadeia da indústria criativa no Brasil, a saber: publicidade e marketing, arquitetura, design, moda, expressões culturais, patrimônio e artes, música, artes cênicas, editorial, audiovisual, pesquisa e desenvolvimento, biotecnologia e tecnologia da informação e conhecimento. Em 2017, o valor estimado da produção total desses segmentos foi de R$ 171,5 bi, o que representou 2,61% de todo o PIB brasileiro. Já em Minas Gerais, o valor estimado para o mesmo período foi de R$ 10,3 bi (1,8% do PIB total mineiro). Assim, é possível observar que a indústria criativa gera renda, tanto em nível nacional quanto estadual.

Em Juiz de Fora, a cadeia produtiva da atividade criativa registrava 2.025 profissionais em 2017. Isso equivale a um crescimento de 56,86% em relação a 2004 (1.291 profissionais), primeiro ano da pesquisa realizada pela Firjan. Na comparação entre os dois períodos, os segmentos que apresentaram maior evolução na quantidade de profissionais foram biotecnologia (484,62%), design (102,68%), publicidade e marketing (425,45%) e tecnologia da informação e conhecimento (117,57%).

Vislumbrado o cenário da economia criativa em Juiz de Fora, é possível pensar nessas expansões em determinados segmentos como oportunidades de desenvolvimento local. No entanto, esse processo exige, em um primeiro instante, que sejam traçadas estratégias que efetivamente unam a criatividade dos indivíduos e empresas com a criação de valor econômico nessas atividades. Além de representar um estímulo à inovação, o fortalecimento da economia criativa leva em conta a questão cultural e, dessa forma, beneficia as particularidades de cada região em prol do desenvolvimento econômico sustentável.

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