Pesquisa Datafolha: Bolsonaro com 59%, e Haddad, 41%
Rejeição: 54% dos entrevistados afirmam que não votariam em Haddad; por outro lado, 41% disseram que não votariam no candidato do PSL
A dez dias das eleições do segundo turno das eleições presidenciais, o Datafolha divulgou, nesta quinta-feira (18), sua segunda pesquisa de intenções de votos e projetou a preferência do eleitorado brasileiro na disputa entre o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) e o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT). Assim como no recorte anterior, Bolsonaro segue em vantagem sobre o adversário e tem o apoio de 50% dos eleitores ouvidos pelo instituto. Já Haddad aparece com 36%. O levantamento aponta ainda que 10% declaram votos branco ou nulo e 5% não souberam se posicionar ou não responderam ao questionamento, estando, portanto, indecisos. Na projeção da votação válida, Bolsonaro teria 59% contra 41% de Haddad, computando, desta maneira, 18 pontos de vantagem na corrida pelo Palácio do Planalto.
Para a simulação de votação válida, a pesquisa segue, em parte, a metodologia adotada pelo Tribunal Superior Eleitoral para a consolidação do resultado das eleições, descartando-se assim, as manifestações de votos em branco e nulos. Além do que é feito pelo Tribunal, a projeção descarta também os eleitores que se dizem indecisos. Com relação à última pesquisa do Datafolha, publicada no último dia 10, os dois candidatos variaram dentro da margem de erro de dois pontos percentuais para mais e para menos. Considerando todo o eleitorado, incluindo os que declaram votos em branco ou nulo e indecisos, Bolsonaro foi de 49% para 50%. Já Haddad passou de 36% para 35%. Na “votação válida”, o candidato do PSL passou de 58% para 59%; e o petista de 42% para 41%.
Sobre os índices de rejeição, o Datafolha aponta que 54% dos entrevistados afirmam que não votariam em Haddad. Por outro lado, 33% disseram que, com certeza, irão apoiar o petista. Outros 12% afirmam que poderiam votar; e 1% não soube se posicionar. Com relação a Bolsonaro, 41% do eleitorado disseram que não votariam, em nenhuma hipótese, no candidato do PSL. Na outra ponta, 48% dos entrevistados asseguraram que, com certeza, desejam votar no deputado federal; 10% admitem que poderiam votar; e 1% não soube ou não respondeu.
Sobre a certeza da decisão do voto, 95% daqueles que declararam posicionamento favorável a Bolsonaro disseram estar totalmente decididos, enquanto 5% admitiram a possibilidade de mudar de opinião. No caso dos eleitores de Haddad, 89% estão totalmente decididos e 10% disseram que seu voto ainda pode mudar. Já entre aqueles que manifestaram votos branco ou nulo, 74% asseguram estar totalmente definidos; 25% que podem se reposicionar; e 1% não soube responder.
O Datafolha ainda mensurou o conhecimento dos números de Bolsonaro e Haddad. Entre os eleitores do candidato do PSL, 94% acertaram a informação; 5% não sabem; e 1% informou um número incorreto. Já grupo que apoia o petista, 91% acertaram o número de Haddad; 2% erraram; e 8% não souberam.
Nordeste
Ainda de acordo com o Datafolha, Bolsonaro tem vantagem sobre Haddad entre homens (58% a 32%) e mulheres (43% a 39%). Entre as eleitoras, no entanto, a diferença é menor. Com relação às regiões, o petista lidera apenas no Nordeste, com 53% das intenções de voto contra 31% do candidato do PSL. Nas demais regiões, Bolsonaro lidera. No Sudeste, o parlamentar tem 55% contra 29% do ex-prefeito de São Paulo; no Sul, 61% contra 27%.
Debate
A pesquisa abordou ainda sobre o quão relevante os eleitores consideram a participação dos dois candidatos em debates neste segundo turno. A maioria defende a confrontação das propostas. Para 67% dos entrevistados, a incidência de debates é muito importante. Outros 13% consideram pouco importante e 19%, nada importante. Dois por cento não souberam opinar.
Sobre os reflexos de um debate em seu voto, 23% admitiram a possibilidade de mudar de opinião. Destes, 6% afirmam que tal possibilidade é grande; 8%, média; outros 8%, pequena. Por fim, 76% asseguraram que não mudariam de voto. Um por cento não respondeu. Assim, entre o eleitorado consultado, 73% acham que Bolsonaro deveria comparecer aos debates. Para 23%, ele não deveria ir; 4% não souberam se posicionar.
Pesquisa
Para a consolidação dos números, o instituto fez 9.137 entrevistas em 341 municípios realizadas entre esta quarta e quinta-feira. A pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos e nível de confiança de 95%. O levantamento foi contratado pelo jornal “Folha de S. Paulo” e pela TV Globo e registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-07528/2018.
Tópicos: eleições 2018