Irmãos de adolescente estuprada pelo pai prestam depoimentos à Polícia Civil

Prestaram depoimento nesta quarta-feira (22), os irmãos da adolescente, de 16 anos, estuprada pelo próprio pai, 40. O episódio veio à tona no domingo (19) e, como apontaram as investigações, vinha acontecendo há, pelo menos, dez anos. A irmã gêmea da menina e o irmão mais velho, 17, estiveram na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, intimados pela delegada Ione Barbosa, responsável pelo inquérito. Apesar das oitivas realizadas nesta quarta, a policial informou à reportagem que o conteúdo dos depoimentos não serão divulgados. “Eu preciso esclarecer alguns fatos e ouvir mais pessoas. Preciso tirar algumas dúvidas com a vítima. Necessito de outros elementos para formar minha convicção e, por enquanto, irei preservar esse conteúdo”, afirmou a policial, acrescentando que, assim como a adolescente, os irmãos irão retornar à unidade policial nesta quinta para outras oitivas. A Polícia Civil investiga também a possibilidade de ambos terem sido abusados pelo pai. Nos próximos dias, familiares e testemunhas também deverão prestar depoimento. As investigações prosseguem.

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O caso foi revelado com auxílio de uma manicure. Ela é mãe da melhor amiga da vítima e teria contato sobre os abusos a uma cliente, que é policial militar, e esta relatou ao marido, também PM. Os constantes estupros eram avisados às duas amigas da menina por meio de um código enviado por mensagens via celular, uma vez que o agressor controlava o telefone da filha.

Segundo as apurações, a adolescente, que teria sido abandonada pela mãe, 41, ainda bebê, vinha sendo abusada pelo pai desde os 6 anos de idade. A vítima teria relatado o fato a alguns familiares, mas eles não teriam acreditado nos relatos e não tomaram providências. Diante disso, poderão ser responsabilizados e indiciados por omissão de estupro. Desde domingo, o homem está no Ceresp. No mesmo dia, ele esperou a garota sair do banho e, já na cama, a segurou pelo braço dizendo: “está na hora de fazer”, consumando o ato sexual. Segundo as investigações, as relações entre ambos aconteciam sem camisinha, e o pai obrigava a garota a tomar anticoncepcional. Era ele quem controlava a medicação com auxílio de um lembrete no celular. A adolescente foi submetida a exames de corpo de delito e avaliada segundo o Protocolo de Atendimento ao Risco Biológico, Ocupacional e Sexual (Parbos). Desde a prisão do pai, ela está sob a responsabilidade da família de uma amiga que auxiliou o trabalho da PM. O Conselho Tutelar acompanha o caso.