JF Vôlei revela débito de R$ 49 mil em 2017/2018
Diretoria realizou prestação de contas para parceiros e imprensa na manhã desta sexta
Quarenta e nove mil e cento e oitenta e cinco reais e oitenta e quatro centavos. Precisamente é com este débito que o JF Vôlei fecha a temporada 2017/2018 e, de forma contrastante, mira com otimismo uma saúde financeira já para 2018/2019. Despesas e receitas da equipe local foram esmiuçadas na manhã dessa sexta-feira (20) em reunião entre dirigentes, parceiros e imprensa em salão social do Clube Bom Pastor.
Na última temporada, o JF Vôlei arrecadou um total de R$ 373.030 oriundos de verbas de patrocinadores, da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), rendas de jogos e venda de material esportivo. Em contrapartida, as despesas somaram R$ 422.215,84, com a inclusão de salários de atletas e comissão técnica, viagens, alimentação, moradia, impostos e outros custos (ver foto).
Com o déficit, o JF Vôlei teve que realizar empréstimos bancários para equalizar as finanças. O quadro, contudo, já foi pior, como lembrou o diretor técnico do time, Maurício Bara.
“É nosso objetivo primordial estar com as coisas pelo menos zeradas. Não podemos trabalhar no débito dos últimos anos, e nesse ano conseguimos mostrar para vocês essa dívida, que no ano passado foi maior. Temos muito critério para pensar a próxima temporada e não iremos gastar um centavo a mais do que arrecadarmos. Trabalhamos com isso, mas você é atropelado por algumas situações que acontecem em momentos não adequados. E vamos buscar aumentar a arrecadação, com muita fé nas leis de incentivo. Sem elas seria inviável a Superliga B. Mas esperamos trazer novidades nas próximas semanas”, anuncia Bara.
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Mais recursos e primeiros núcleos esportivos
A esperança de dias melhores é argumentada pela evolução extraquadra em diferentes braços. O primeiro, já citado por Bara, é a projeção da maior captação de recursos através das leis de incentivo federal e estadual, tanto para o time profissional, por meio da Associação de Ensino e Pesquisa em Esporte e Lazer (Asepel), quanto para a base, com o Clube Bom Pastor. O outro, não menos importante, é o da criação de três núcleos esportivos que irão promover a prática do voleibol para jovens de diferentes regiões da cidade. Inicialmente serão beneficiados meninos e meninas da Escola Estadual Clorindo Burnier, do Bairro Barbosa Lage, além de uma escola municipal do Bairro Milho Branco e da Associação de Moradores do Bairro Borboleta.
“Temos de concreto um projeto já captado, prestes a iniciar, que é o dos núcleos. Serão três que irão encorpar nossa categoria de base, que irá alimentar o time no futuro. Temos um outro projeto captado no Bom Pastor que é o da lei federal, em que ainda não captamos, mas que cobre a base. E no JF Vôlei temos dois projetos da lei estadual aprovados, em fase de captação, e um da lei federal aberto no final do ano pela Rivelli. Pretendemos correr na captação da lei estadual, que pode acontecer mais facilmente a qualquer momento. Com esses dois projetos podemos fazer a temporada 2018/2019. E com a lei federal teremos o ano inteiro para captar já pensando na 2019/2020. Falamos de dois anos em um, que é nossa luta. Aí começamos a ganhar terreno e fazer a roda girar literalmente”, conta.
‘Projeto consolidado’
No planejamento plurianual do JF Vôlei, apresentado a cada temporada e com início em 2015, o objetivo central da equipe no ano foi, de acordo com o supervisor Heglison Toledo, conquistado. “Conseguimos o objetivo de consolidar o projeto. Em temporadas passadas não tínhamos a certeza da continuidade, então em 2018 conseguimos, dentro das nossas ações de gestão, fortalecer a marca e, mesmo com a queda técnica-esportiva, consolidamos o projeto e passamos a pensar nos anos futuros. Em 2019 a gente vem com força total na expectativa de gerar cada vez mais benefícios à comunidade esportiva de Juiz de Fora, no caso específico da nossa base, que vem fortificada, e que irá integrar, de fato, nossa equipe principal”, avalia.
A tendência é que jovens da cidade já façam parte do elenco que buscará o retorno à elite do voleibol brasileiro na disputa da Superliga B. A diretoria ainda aguarda o término da Superliga para se reunir com o Sada Cruzeiro, semifinalista, e negociar possível sequência da parceria.