Tupi luta muito no Mineirão, mas cai diante do Cruzeiro
Thiago Neves abre o placar, João Vitor empata, mas meia cruzeirense marca outro e põe a Raposa na final
O Tupi atacou o Cruzeiro desde o apito inicial, fez a Raposa sofrer o primeiro gol da temporada no Mineirão, diante de quase 50 mil torcedores, mas não resistiu à qualidade técnica celeste e acabou derrotado por 2 a 1 no duelo de volta da semifinal do Campeonato Mineiro, neste domingo (25). Thiago Neves, duas vezes, marcou para os mandantes, com João Vitor responsável pelo tento juiz-forano. O resultado agregado de 3 a 1 para a equipe de Belo Horizonte (MG) eliminou o Galo, campeão do interior, e levou o time azul à decisão do Estadual, com adversário definido em jogo desta tarde, entre América e Atlético.
O Tupi atuou com apenas uma mudança em relação à ida. Sem Tchô, suspenso, Thiaguinho assumiu a função de organizador no meio de campo. O técnico Ricardo Leão escalou o Galo com Vilar; Rodrigo Dias, Sidimar, Wellington e Patrick Brey; Leo Costa (Francesco) e Leo Salino; João Vitor (Patrick), Thiaguinho (Vitinho) e Renato Kayser; Reis. O Cruzeiro, por sua vez, iniciou o duelo com quatro alterações. Sem Fábio, Dedé, Ariel Cabral e Raniel, por suspensão ou opção de Mano Menezes, a Raposa teve em campo Rafael; Lucas Romero, Léo, Murilo e Egídio; Henrique e Bruno Silva (Ezequiel); Robinho (Mancuello), Thiago Neves e Rafinha; Fred (Raniel).
Tupi no ataque, polêmicas e gols
Bastou a bola rolar para o torcedor presenciar um duelo de alta intensidade, fortes emoções e mudanças de cenário em pequenos períodos. Os primeiros 10 minutos foram juiz-foranos. Com marcação alta e aproximação dos volantes, o Tupi atuava no campo de ataque e ameaçava os donos da casa. Cinco minutos foram suficientes para a polêmica ser instaurada. Renato Kayser driblou Bruno Silva e, na entrada da área, sofreu falta. O árbitro carioca Wagner Nascimento viu a infração cometida fora da zona da meta cruzeirense e não deu pênalti, contrariando os carijós.
Kayser, em cobrança de falta, e Leo Costa, em chute para fora aos 12 minutos, assustaram a Raposa. A capacidade técnica, contudo, fez a diferença aos 16, quando o zagueiro Wellington rebateu bola no pé de Thiago Neves, que abriu para Robinho e recebeu de volta na área, livre para abrir o placar. Poderia ser um balde de água fria no Tupi. Poderia. Três minutos depois, o atacante João Vitor recebeu bola pela direita, centralizou a jogada em drible sobre Rafinha e finalizou de canhota da entrada da área, no canto direito de Rafael, para igualar o marcador.
O duelo, equilibrado, passou a ter mais chances celestes a partir dos 30 minutos, quando Raniel já havia entrado na vaga de Fred, lesionado. O Cruzeiro achava passes entre os zagueiros do Galo e quase ampliou o placar em lançamento recebido por Thiago Neves, que tocou por cima de Vilar em belo gol, não fosse a marcação equivocada de impedimento do meia, que levou as equipes ao vestiário com o 1 a 1 no placar do lotado Mineirão.
Novo cenário, mesma diferença
O Cruzeiro voltou do intervalo com duas mudanças. A primeira, de atletas: o lateral-direito Ezequiel substituiu o volante Bruno Silva. A outra, na postura. O Tupi encontrou dificuldades em reter a bola no campo ofensivo com o ritmo imposto pela equipe azul. Defensivamente, Vilar e Sidimar realizavam nova partida de destaque com intervenções precisas na área carijó. Aos 21, Leão pôs o atacante Patrick na vaga de João Vitor. Logo depois, Murilo, de cabeça, quase marcou para o Cruzeiro após cobrança de escanteio. Foi a vez do meio-campista Francesco substituir Leo Costa.
Aos 34, Vitinho entrou no lugar de Thiaguinho. As alterações deram fôlego ao Galo, que possuía dificuldades em finalizar no gol de Rafael. Todavia, no minuto seguinte à última troca alvinegra, a capacidade de Thiago Neves novamente decidiu. Egídio fez jogada pela esquerda e cruzou para o meia, de cabeça, tocar para o fundo do gol, no contrapé de Vilar: Cruzeiro 2 a 1. No lance seguinte, quase o Tupi responde como na etapa inicial, em forte chute de Kayser, defendido por Rafael, no último susto do duelo, encerrado com novo triunfo cruzeirense e eliminação juiz-forana.
Público:
46.080 pagantes || 48.566 presentes
Renda:
R$ 753.999,00