No ano de 2017, o índice Small Cap (SMLL) apresentou variação nominal positiva de 49,35%, contra 26,86% do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores. Os bons resultados colocaram as empresas que compõem o índice, caracterizadas pela baixa liquidez e menor capitalização, como um dos melhores investimentos do ano passado. Para o ano de 2018, as expectativas do mercado seguem otimistas com relação aos papeis, que até o último pregão (16/03/2018) acumulavam alta de 3,44%.
Embora o índice tenha sido um dos campeões em rendimento no ano passado, como sempre acontece com empresas que possuem maior retorno potencial, e consequentemente maior risco, algumas ações entram perdendo no ano de 2018, como a Gafisa (GFSA3), que acumula queda de mais de 38% no período. A desvalorização se deve em grande parte aos resultados ruins que a companhia vem apresentando nos últimos trimestres, com prejuízos superando as centenas de milhões.
A performance negativa vem sendo acompanhada por algumas outras empresas do mesmo setor (construção civil), como Helbor Empreendimentos e Tecnisa. Vale mencionar também os efeitos negativos dos recentes escândalos que vêm abalando a credibilidade do setor de carnes brasileiro, com Minerva e Marfrig acumulando significativas quedas de 20% e 18% respectivamente.
Já no que tange às ações com boa performance no índice Small Cap, estão os papeis da GOLL4 e BRSR6. No mesmo período analisado anteriormente, houve variação positiva de 42% e 35,62%, respectivamente. O bom desempenho da empresa de linhas aéreas Gol se deve aos resultados financeiros e operacionais, além do fechamento de parceria com empresas de outros setores, como transporte e telefonia. O Banco Banrisul apresentou resultados muito satisfatórios referentes ao 4º trimestre de 2017, que impactaram diretamente na variação de sua cotação. Os bons resultados de margem e de lucro líquido foram acompanhados da diminuição de despesas operacionais, fazendo com que o efeito fosse ainda maior.
De maneira geral, os investimentos em ativos do Small Cap seguem como uma ótima opção, principalmente pelo maior retorno potencial e oportunidades de crescimento das empresas. Contudo, vale a velha máxima: é preciso se munir de informações para tomar a melhor decisão, visto que as maiores possibilidades de ganho também carregam maiores riscos associados, por se tratarem de ações com menor liquidez, o que pode ocasionar variações maiores no preço. Como sempre, é preciso conhecer e entender as empresas e ativos em que se está investindo.