Produtividade no campo: a receita para o crescimento

Por Por Fernando S. Perobelli, Gabriel H. R. Barbosa, Inácio F. Araújo Jr, Joyce A. Guimarães, Leandro V. Pereira e Leonardo I. A. de Souza

O Estado de Minas Gerais somou US$ 588,4 milhões nas exportações agrícolas em janeiro de 2017, valor 29,2% acima do observado no mesmo período do ano anterior, segundo a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). Os produtos que se destacaram em termos de receita proveniente das exportações em janeiro foram o açúcar (+61,9%), as carnes (+34,1%) e o café (+28,4%). Esse aumento de receita foi devido ao aumento no volume exportado e nos preços das commodities.

 
Em Minas Gerais, as expectativas para o agronegócio nos próximos anos é positiva, segundo o relatório “Projeções do Agronegócio – Minas Gerais 2016 a 2026”, elaborado pela Seapa em parceria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As projeções apontam que a produção de grãos, ao final do decênio, apresentará aumento de 30,18%, o que levará a 15,4 milhões de toneladas em 2026. A principal justificativa para esses resultados favoráveis é o crescimento da produtividade.

 
Mas o que gera produtividade no campo? O aumento de produtividade em Minas Gerais está sendo impulsionado principalmente pelas pesquisas realizadas no âmbito da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), das universidades e do setor privado. Assim, o setor agropecuário, mesmo sendo uma atividade tradicional, está se tornando intensivo em tecnologia e vem conseguindo atrair investimentos em pesquisa e desenvolvimento.

 
Dentre os principais avanços obtidos a partir da inserção de novas tecnologias no campo, destacam-se a melhor eficiência produtiva, a redução de incidência de pragas e a redução de problemas climáticos. Com isso, além do aumento no volume de produção, também é esperado que os avanços tecnológicos no campo sejam acompanhados de melhor utilização dos recursos ambientais, com menor degradação do meio, melhor uso da água, e, portanto, menos impactos ambientais. Como já vem sendo apregoado em Economia, investir em pesquisa e desenvolvimento pode fazer com que mesmo atividades tradicionais, como o agronegócio, se tornem geradores de benefícios econômicos e, ainda, de ganhos socioambientais.

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Luciane Faquini

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