Pais, preparem as carteiras! Estimativa realizada pela Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares e de Escritório informa que a lista de materiais escolares para 2017 deve sofrer reajustes entre 5% e 10%. Após avaliar os preços de 169 itens da lista de materiais escolares, o Procon paulista constatou que, em apenas 12 meses, os itens sofreram um aumento médio de 13%, quase o dobro da inflação acumulada entre novembro de 2015 e novembro de 2016 (7,64%). O vilão do reajuste é o dólar, devido à presença de itens importados na lista (o valor do papel, cuja matéria-prima é cotada no mercado internacional, aumentou 24% em 2016, sendo esse o principal item em todas as listas), acompanhado do aumento do ICMS (imposto estadual), que passou de 6% para 12% em itens de papelaria.
Há bastante diferença nos preços praticados pelos pequenos e médios lojistas quando comparados aos grandes varejistas. Com a crise, o consumidor, que em geral prefere a livraria do bairro e os supermercados, deve migrar para o atacado ou para as compras on-line (e-commerce). Esse movimento deve fazer com que as papelarias de bairro sofram as maiores quedas nas vendas (até 7%). Mas o resultado geral não deve ficar muito melhor, com queda real entre 3% e 4%, segundo o Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar). De acordo com o Ibevar, muitas famílias devem acabar estendendo o uso dos materiais do ano acadêmico anterior ou mudar para marcas mais baratas devido ao cenário econômico ainda instável.
Para conseguir chegar até o fim da lista sem comprometer o orçamento familiar, os pais devem comprar de forma consciente. Pesquisar é a palavra de ordem. Se não ficarem atentos, os consumidores podem pagar mais que o dobro (110%) por uma mesma caneta esferográfica e estojo ou até três vezes mais (233%) pelo mesmo lápis. Além da tradicional pesquisa de preços, alguns truques podem ajudar a economizar mais com os descontos: juntar grupos de pais para compras em grande quantidade; preferir o pagamento à vista e comprar apenas o indispensável. Já os livros, que, ao longo do ensino médio, geralmente representam 90% das listas escolares e custam mais de R$ 200 cada, podem ser comprados em feiras de livros usados, que oferecem economia de, no mínimo, 50% do valor do produto ou trocas de dois livros por um. A estimativa é que, ao optar por levar livros usados, a economia chegue a 75%. Sem dúvida, uma boa barganha.
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