À margem da BR-440


Por LUIZ SANTOS Colaborador

31/10/2013 às 07h00

A construção de uma rodovia com quatro pistas de rolamento, acostamentos, viadutos e passarelas exatamente no centro geográfico da cidade (considerando o crescimento induzido para aquela região) não pode ser relegada a um órgão federal (Dnit), completamente alheio às vontades e necessidades de nossa cidade.

É absurdo ver uma administração ficar à margem do processo licitatório da obra, não se posicionando tecnicamente sobre a conveniência e oportunidade do empreendimento. Reduzir a participação da Prefeitura ao jargão politiqueiro e nada objetivo de que é necessário dar um fim àquilo que já foi gasto de verba pública, referindo-se aos milhões que já foram gastos, é desacreditar esta administração eleita com a promessa de novidade.

Não é admissível que nós, cidadãos informados e sabedores de nossas necessidades e potencialidades, não sejamos consultados em questões tão marcantes de nossas vidas. Será que alguém acredita que o Dnit está preocupado com o nosso bem-estar? Estará aquele órgão preocupado com os nossos mananciais de água potável (Represa de São Pedro)?

Será que ele tem massa crítica suficiente para dizer que bairros tradicionais da cidade (São Pedro, Borboleta, Vale do Ipê e Democrata) deixarão de existir para fins de moradia tranquila e passarão a abrigar postos de gasolina, borracharias e motéis (fartos nas margens de nossas rodovias federais)?

Será que este órgão federal está preocupado com a nossa segurança? Com a qualidade de vida dos moradores? E o mais absurdo: será que nossos administradores municipais acreditam no Dnit? Tanto que sequer participam das questões técnicas que envolvem a preparação de um edital de tamanha magnitude? Não dá para acreditar!

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