Reformas com Bolsonaro
Nas minhas observações sobre o que aconteceu nas eleições brasileiras deste ano – uma disputa como nunca tinha visto -, chego à conclusão de que o povo fez a mudança para tempos mais conservadores. A tomada do poder como queria o abominável Zé Dirceu foi para as calendas.
Realmente, o povo cansou de ver a roubalheira que Lula implantou neste país. A corrupção sempre existiu e não acaba, é inerente ao poder. Mas os níveis alcançados e praticados enojaram o povo brasileiro. A operação Lava Jato teve seu clímax quando o juiz Sérgio Moro mandou Lula para a cadeia em Curitiba. O PT e Lula, porém, resolveram desafiar a Justiça até o último minuto. Da cadeia, Lula acreditava que elegeria o poste, como fizera com Dilma.
Dessa vez, não deu certo. A onda antipetista levou o deputado Jair Bolsonaro à Presidência da República. Bolsonaro chega com a responsabilidade de moralizar a política brasileira e retomar o desenvolvimento, discursos que lhe valeram o mandato. O Brasil não quis continuar sob o domínio de um grupo que se rotula de esquerda e que tinha projeto de se manter no poder pelos próximos 20 anos, inclusive com a volta de Lula.
Nos meus mais de 50 anos acompanhando a vida pública, nunca tinha visto tsunami igual ao que varreu o país. Em Minas, o correto senador Antonio Anastasia deixou de ser governador por ter sido ligado a Aécio Neves, que, mesmo depois dos “rolos” descobertos, ainda se elegeu deputado federal. Dilma Rousseff não teve a mesma sorte. O povo mineiro não comprou o seu discurso de golpe e fez justiça, derrotando-a nas urnas. Ela volta para o Rio Grande do Sul, de onde não deveria ter saído.
O efeito Aécio Neves acabou pesando para que outros aliados e parlamentares, como Marcus Pestana e Gustavo Correia, não se reelegessem. É o Brasil que começa a ser passado a limpo. Em Minas, o empresário Romeu Zema foi a grande surpresa, elegendo-se governador pelo partido Novo. Agora, precisa agir politicamente e começar a armar sua base para governar.
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