O candidato e o eleitor


Por Celso Pereira Lara, funcionário público aposentado

30/09/2018 às 07h00

Atualmente, há uma nítida distinção entre os propósitos da direita e os da esquerda, e o resultado das eleições deste ano vai revelar se realmente o povo quer mudanças. O povo reclama muito do Governo, diz que o desemprego cresceu demais, os preços de tudo aumentaram, que a violência tomou conta do país, a saúde só Deus sabe, mas, no momento do voto, parece que dá um branco na mente, e o povo perde a grande oportunidade de mudar tudo isso que o atormenta.

Reeleger determinados políticos é declarar que gosta de ser masoquista, e a oportunidade de participar do pleito não pode ser desperdiçada, principalmente, com votos nulos ou brancos. É preciso fazer valer a sua legítima pretensão de querer mudar a situação do Brasil. Nesse momento, prevalece o sentimento de patriotismo, e o voto deve ser dado ao candidato comprometido com a nação!
No Brasil, há uma nítida percepção de que o brasileiro gosta mesmo de sofrer, ao eleger políticos que deixam de lado a representação legítima dos anseios do povo para cuidar de propósitos particulares. Tanto é que isso se repete a cada pleito e permite que os reeleitos se sintam à vontade, detentores de poderes ilimitados, amparados pelo voto popular, e, dessa forma, usam e abusam de malfeitos, tudo em nome da democracia. Essa é a realidade expressa nos últimos 30 anos, mas o povo ainda não é capaz de enxergar que tudo isso pode ser mudado e deixar de ser conivente com toda essa bagunça que vem degradando o país.

A predominância dos partidos políticos de esquerda na política brasileira é algo que assusta qualquer eleitor minimamente politizado. Quando se pensa em mudar a política, tudo fica apenas no pensamento, pois as grandes siglas são detentoras dos votos no Congresso, e isso faz com que tudo permaneça como eles querem, não como a vontade do povo. Daí a necessidade de mudança de comportamento da parte dos eleitores, para conduzir a democracia com plenitude, pois o que se tem no momento é um blocão de partidos muito bem organizados, sinalizando que teremos um novo governo mais promíscuo ainda.

Há muito não se tem um verdadeiro partido de direita, capaz de fazer uma oposição legítima. Quando muito, o que se vê é uma falsa oposição, visando barganhar postos no Governo, e, ao conseguir, tudo volta ao normal, ou seja, a fazer parte da base aliada. Portanto vivemos uma falsa política, dominada pelo totalitarismo da esquerda, a qual não tem a menor preocupação com o desenvolvimento do país, que finge lutar pelo social, mas conduz a população ao divisionismo.

Nas redes sociais, observa-se o crescimento dos defensores de políticos com ideologia de direita, que sejam capazes de desfazer os malfeitos e fazer o Brasil retornar à normalidade política, econômica e social. Fazer valer a frase “Ordem e Progresso”, que está escrita na bandeira brasileira, o lema político do positivismo, dos ideais republicanos. A população já está cansada de conviver com os desmandos que acontecem no Governo e com o descrédito dos três poderes, e isso faz com que a crença num determinado candidato de direita seja a verdadeira salvação e que seja definitiva.

Com o aparecimento de um candidato de direita – ficha limpa e sem qualquer suspeita de maracutaias – concorrendo à Presidência, os eleitores insatisfeitos com o status quo têm a oportunidade de apostar todas as suas fichas nele, em busca da verdadeira mudança para reconstruir a governabilidade no Brasil. O momento político impõe eleger candidatos que tenham vocação patriótica, e isso é tudo.

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