Mais enfermeiros, melhores partos


Por Míriam Heidemann, coordenadora do curso de Enfermagem da FMP/Fase

30/03/2017 às 08h31- Atualizada 30/03/2017 às 08h57

Neste mês dedicado à luta das mulheres, uma pauta não pode ficar de fora: a garantia ao parto seguro. Hoje, temos no Brasil índices alarmantes de morbimortalidade materna e infantil decorrentes da combinação de fatores biológicos, sociais e de falhas do sistema de saúde. Perdem a mãe, a criança e toda a sociedade diante de problemas tão graves.

Faltam maternidades, e, quando existem ou estão abertas, há escassez de vagas, leitos, incubadoras, UTIs neonatal, remédios e, principalmente, profissionais qualificados.
Na nossa área de atuação, a enfermagem, temos a carência de enfermeiros obstetras, que podem auxiliar na garantia de partos mais seguros e humanizados, dando tranquilidade e conforto às mulheres, em horas tão difíceis.

O Ministério da Saúde busca esses profissionais, incentivando na medida do possível a formação de novos quadros. Cabe também ao estudante da área vislumbrar nas maternidades um bom campo de trabalho, ocupando espaços vazios para ajudar a salvar vidas.

A propósito, a Atenção Básica é a área mais carente e a mais importante em comparação aos demais mercados de trabalho. E é nela que começa o pré-natal, com o acolhimento adequado das gestantes.

Além da carência de enfermeiros obstetras, faltam enfermeiros especializados em centro cirúrgico e centro de material, enfermeiros especialistas em terapia intensiva e docentes de ensino superior em várias áreas da enfermagem.

Ao preencher essas lacunas, daremos um passo à frente para uma saúde de qualidade. Não só para as mulheres e crianças, mas para todos os brasileiros.

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