Harris ou Trump: Uma escolha decisiva para o futuro da democracia norte-americana

“A eleição de 2024 não é apenas uma escolha entre dois candidatos, mas um referendo sobre o futuro da democracia norte-americana.”


Por Catterina Diotto, nascida nos EUA, é filha de brasileiros e estudante de Ciências Sociais

29/10/2024 às 06h00

A transformação política nos Estados Unidos, desde 2020, tem sido notável. Quatro anos após a tumultuada transição de poder de Trump para Biden, nos encontramos diante de outro momento crucial para a democracia norte-americana, com a vice-presidente Kamala Harris emergindo como a candidata democrata contra Donald Trump nas eleições de 2024.

Harris representa uma visão progressista e inclusiva para o futuro dos EUA. Como primeira mulher, primeira afro-americana e primeira asiático-americana a ocupar a vice-presidência, sua candidatura é histórica e simboliza o avanço da representatividade na política dos Estados Unidos. Sua proposta abrange questões cruciais como combate às mudanças climáticas, reforma do sistema de saúde, justiça racial e igualdade de gênero.

Em contraste, Trump continua representando uma ameaça à democracia e aos valores fundamentais do país. Sua retórica divisiva, posição anti-imigração e tendências autoritárias permanecem inalteradas. As múltiplas acusações criminais contra ele, incluindo a tentativa de subverter os resultados das eleições de 2020, lançam uma sombra sobre sua candidatura e questionam sua aptidão para liderar.

A inflação e o custo de vida continuam sendo as principais preocupações dos eleitores.Um dos atrativos do partido republicano sempre foi o foco na economia. Porém, os grandes economistas do país concordam que, com a vitória de Harris, mais empregos seriam gerados, os impostos seriam diminuídos para as classes média e média baixa, a inflação se estabilizaria e as relações com líderes de outros países melhorariam.

A eleição de 2024 não é apenas uma escolha entre dois candidatos, mas um referendo sobre o futuro da democracia norte-americana. Harris representa a continuidade e o aprofundamento das políticas progressistas iniciadas por Biden, enquanto Trump simboliza um retorno a políticas divisivas e potencialmente antidemocráticas.

É crucial que os eleitores considerem, cuidadosamente, as implicações de suas escolhas. A visão de Harris para uma nação mais inclusiva, justa e progressista contrasta fortemente com a retórica excludente e as tendências racistas de Trump. A democracia dos estados Unidos está novamente em jogo, e a decisão dos eleitores em novembro moldará o futuro do país por gerações.

Estou tão certa hoje, quanto estava há quatro anos durante a última eleição, de que Donald Trump não está apto para governar o meu país.

Esse espaço é para a livre circulação de ideias e a Tribuna respeita a pluralidade de opiniões. Os artigos para essa seção serão recebidos por e-mail ([email protected]) e devem ter, no máximo, 30 linhas (de 70 caracteres) com identificação do autor e telefone de contato. O envio da foto é facultativo e pode ser feito pelo mesmo endereço de e-mail.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.