Um computador chamado Brasil
A placa-mãe, considerada o elemento mais importante de um computador, é a responsável pela união e pelo funcionamento de todos os periféricos nela instalados. Quando essa placa não funciona a contento, os problemas começam a aparecer, comprometendo a performance de outros componentes, até chegar ao estado de paralisia total. Para que o computador funcione bem, é necessário que todos os hardwares e softwares estejam bem instalados e compatíveis para que sejam reconhecidos pelo sistema operacional.
A Presidência da República bem que poderia ser comparada a uma placa-mãe, pois cabe à presidente administrar os hardwares, representados pelos 39 ministérios, e os softwares, interpretados pelos programas de governo. Nela, ficam hospedados movimentos sociais e base aliada, e, enquanto todos estiverem interagindo, tudo vai bem!
O processador, um componente capaz de processar dados, é o motor, o cérebro da máquina, e poderia ser representado pela Casa Civil. Pelo fato de estar ligado diretamente à Presidência, o chefe da Casa Civil é o ministro mais importante do Governo, e o seu trabalho tem que ser altamente confiável. Por falta de ética ou por envolvimento em maracutaias, alguns processadores já foram substituídos nesse computador, inclusive, por outros piores.
A fonte do gabinete, encarregada de levar energia elétrica à placa-mãe e aos seus periféricos – sem energia, nada entra em funcionamento -, seria mais bem representada pelo povo, uma poderosa ferramenta capaz de eleger um presidente ou mesmo provocar o seu travamento. A fonte de alimentação do Governo é sustentada pela energia advinda dos impostos pagos. Quando as ações do Governo apontam para as áreas de saúde, educação e segurança pública, e os resultados aparecem satisfatoriamente, a população permanece silenciosa, em stand by. A fonte, então, trabalha sem sobrecarga.
O monitor é a tela onde aparecem as informações processadas. Ele representa a transparência das ações do Governo. Por compromisso com a democracia, deveriam ser mostrados na tela os empréstimos sigilosos do BNDES, os cartões corporativos do Planalto, etc.
O antivírus é considerado um programa criado para manter o computador seguro, protegendo-o de programas maliciosos que buscam as invasões, apagar gravações, destruir informações, alimentar-se dos recursos públicos. Alguns exemplos de vírus que infectam o computador: MST, MTST, CUT, UNE, ONGs, mensalão e petrolão. Há muito tempo, o antivírus anda ineficaz, e, até o momento, não foi criado um programa capaz de proteger o computador da corrupção, dos descaminhos e das mentiras.
O no-break é outro componente essencial, que mantém o computador funcionando por pouco tempo na falta de energia elétrica. A sua procura tem sido cada vez maior, dada a expectativa de apaguinhos e apagões, causados pela crise energética. Os aumentos extras na conta de luz recaem nos bolsos do povo em forma de no-break.
O Brasil se assemelha a um computador que não aceita mais upgrade. Ficou impossível trabalhar com ele. Está totalmente inoperante! Seria necessária a aquisição de novas peças para montar um computador robusto, com sistema operacional democrático para rodar programas que atendam às necessidades da população. Só não pode esquecer-se de instalar um bom programa antivírus!