Pastoral da Família e a Igreja Viva


Por Equipe "Igreja em Marcha", grupo de leigos católicos

26/07/2019 às 07h00- Atualizada 27/07/2019 às 15h26

Casais coordenadores regionais da Pastoral Familiar, padres assessores, bispos referenciais, representantes de movimentos, organismos e institutos de família e membros da coordenação da Comissão Nacional estiveram reunidos de 5 a 7 de julho, em Brasília-DF, para a 43ª Assembleia Ordinária da Pastoral Familiar. Ao todo, 90 pessoas estiveram presentes.

A assembleia, promovida anualmente pela Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família (CEPVF) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), trabalhou a perspectiva da Pastoral Familiar no contexto das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora (DGAE) 2019-2023 da Igreja no Brasil.

Como decisões dessa assembleia, a Pastoral Familiar da Igreja no Brasil buscará fortalecer três setores: pré-matrimoniais, pós-matrimoniais e casos especiais, como os casais de segunda união, idosos e viúvos. “Esses três setores são a vida da Igreja. O ponto de partida e de chegada. As novas diretrizes falam da casa que tem a porta aberta para entrar e sair. Como Pastoral Familiar, se nós abrirmos, vamos ter uma Igreja mais viva; se fecharmos, nós estamos comprometendo a própria Evangelização”, destacou o bispo de Rio Grande (RS) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, dom Ricardo Hoepers.

Dom Ricardo, que fez a abertura do encontro, expôs que o foco do trabalho da Pastoral Familiar será na dimensão urbana. “Os maiores desafios da Pastoral Familiar estão na área urbana, nas cidades, nos núcleos familiares, nas dificuldades de convivência, na questão da adolescência, da juventude e dos idosos. A vida urbana está trazendo, de alguma maneira, a fragmentação desse núcleo familiar. As novas diretrizes vêm a esse encontro”, disse.
Foi apresentado o assessor da Comissão para a Vida e a Família da CNBB e secretário executivo nacional da Pastoral Familiar, padre Crispim Guimarães, da diocese de Dourados (MT). Esse foi o primeiro evento com participação do padre que estará à frente da CNPF no próximo quadriênio.

O bispo auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, disse em sua homilia que ter fé não nos retira a problemática do mundo, mas nos ajuda a viver as questões do dia a dia de maneira diferente. “A misericórdia que Jesus manifesta por aquele cobrador de impostos tempera a sua vida com o sabor. Nova DGAE – comunidade de um lado, missão de outro – nos leva a refletir: como fazer para a família ser a escola de comunidades eclesiais missionárias por excelência? Escola de misericórdia, acolhimento, resiliência, anúncio”, ressaltou.

Durante o encontro, os casais coordenadores apresentaram um mapeamento de como tem sido feito o trabalho da Pastoral Familiar em regionais, arquidioceses e paróquias. Segundo dom Ricardo, um trabalho bem articulado. “Por isso, aquilo que nós propomos na Assembleia Geral dos Bispos tem um potencial de chegar às bases, porque eles estão articulados para isso”.

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