Socialização, dever de todos


Por ALEXANDRA PATRÍCIA COLLAZO Escritora e coordenadora jurídica

23/01/2014 às 07h00

A cidade de Juiz de Fora começou o ano de 2014 com uma estatística sobre a violência um tanto quanto assustadora. Conforme podemos constatar em artigo do jornalista e pesquisador Jorge Sanglard, só no ano de 2014, na primeira semana de janeiro, a cidade contabilizou cinco assassinatos. Os dados são realmente assustadores, logo, não tenho dúvidas de que é necessária uma intervenção política e social neste exato momento, ou a estatística sobre a violência na cidade irá aumentar e superar a de 2013, que teve um aumento de 40% com relação ao ano de 2012.

Em primeiro lugar, temos que ter em mente que o maior responsável por toda essa situação é o Estado, é ele que deve promover a segurança pública para seus cidadãos, conforme dispõe a Carta Magna. A educação é fundamental para a formação dos cidadãos, logo, da sociedade. Se tivéssemos um sistema educacional mais decente, não tenho dúvidas de que a violência seria muito menor. Aliás, não temos educação, saúde, moradia, lazer de forma decente e adequada no Brasil. Outro ponto a ser considerado gravíssimo no Brasil é a reforma da lei penal. Precisamos de leis mais severas, que venham a intimidar aqueles que cometem crimes, e, o principal, leis que sejam cumpridas, devidamente cumpridas, pois só assim a criminalidade seria menor. Costumo dizer: leis cumpridas, penitenciárias vazias.

A parte social também conta muito para a diminuição da violência. O Estado não se preocupa em proporcionar cultura e lazer adequados para as nossas crianças e os nossos jovens que estão em formação de vida, que necessitam respirar e viver cultura. A cultura, o saber mudam vidas e transformam ideias. A sociedade também tem sua parcela de culpa. Se o Governo não faz, fazemos nós, que temos uma condição melhor, organizando ONGs, projetos sociais em periferias e nos bairros mais necessitados, levando cultura e lazer, aulas de dança, de capoeira. Qualquer que seja a atividade, faz diferença.

Morei no Rio de Janeiro e pude presenciar muitas dessas organizações não governamentais em atividade nas regiões carentes, bem como muitos projetos sociais que mudaram muitas vidas nas favelas do estado, diminuindo, assim, a criminalidade. Para terminar, chegou o momento de termos atitude; se o Governo não faz, fazemos nós, pelo menos a nossa parte. O Brasil é carente de atenção, de carinho, de gente que se importa com os outros, então, que preparemos nós um Brasil melhor para nossos filhos, netos e para todos!

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