Alternância de poder


Por BERENICE MACHADO Colaboradora

22/10/2014 às 07h00

Para quem viveu dois longos períodos de ditadura, acompanhar as eleições hoje é um prazer. Temos candidatos bons, boas propostas de governo, vemos exposições de ideias claras e sentimos que a democracia vai se institucionalizando e progredindo. Ainda temos muito que avançar para atingirmos debates mais civilizados em que prevaleçam os projetos e ideologias que nos empolguem e nos quais acusações e farpas sejam minimizadas.

Um ponto extremamente saudável para o pleno desempenho da democracia é a alternância de poder. Por melhor que seja o desempenho de um partido político no poder, nunca ele abarca todas as condições necessárias para plena satisfação de toda a comunidade.

A oposição tem sempre em seus quadros cidadãos conscientes, preparados, que podem contribuir para o maior desenvolvimento do país. Sinto que Fernando Henrique Cardoso teve esta visão ao transmitir a seus opositores um Brasil livre da inflação galopante, pronto a receber programas sociais até já delineados. Lula soube exercer a transição, tirando proveito e mantendo uma política financeira bem estruturada e implementando uma bela política social.

Com Dilma, os progressos sociais avançaram mais ainda. Uma alegria constatar a melhora das classes C e D. Torcemos para que o nosso povo, livre de sectarismo, eleja um presidente que, dando continuidade aos programas sociais, renove nossa política financeira tão debilitada num momento em que a sustentabilidade é prioridade. Acredito que Aécio, com o apoio de Marina, que possui equipe expert em ecologia, possa assumir o Governo, trazendo a esperança na renovação de quadros. A natureza clama por uma política de meio ambiente mais agressiva. Menos burocracia e mais ação.

Sectarismo, radicalismo trazem conflitos que não ajudam no crescimento. Marina foi feliz ao declarar que gostaria de governar com as franjas do PT e do PSDB. As boas ideias e os bons projetos se somando, unidos contra a violência, a corrupção, as drogas, construindo um mundo mais justo.

Perseguindo a coerência de pensamento a favor de alternância de poder, votei em Pimentel para Minas Gerais e declaro meu voto em Aécio neste segundo turno.

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