Mediante as provas
Nós todos, mediante as dificuldades da vida, muitas vezes nos perguntamos: por que tudo isso? Quando, na verdade, a pergunta deveria ser: para quê?
Mergulhados no corpo físico, esquecidos de todo um passado de equívocos e faltas, muitas vezes nos deparamos com aflições, como aguilhões a nos impulsionarem rumo a modificações íntimas.
Dificilmente progredimos distraídos nas alegrias e mediante as ilusões do mundo. São raros aqueles que buscam o progresso, a reflexão, o aprendizado filosófico quando saciadas as emoções mundanas.
A dor costuma ser a mola propulsora a nos instigar o raciocínio analítico frente aos desafios da vida.
Mas não se aflija, caro leitor, pois todos nós, na viagem da evolução, no decorrer de muitos estágios reencarnatórios, vamos caminhando, paulatinamente, rumo ao progresso. Esse progresso traz felicidade. A felicidade que o ladrão não rouba nem a traça corrói. Uma felicidade que reflete paz íntima pelo cumprimento do dever cristão para com o próximo.
Criações de Deus que somos, guardamos dentro de nós o roteiro do bom caminho, da conduta ilibada e do cumprimento do dever. Quando contrariamos o sentido indicado pela bússola, que é Cristo, que nos norteia a caminhada, é a nossa própria consciência que ferimos. A culpa consequente do desvio praticado marca-nos a alma, suscitando-nos as mudanças.
Quando Jesus disse “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”, já nos assinalava um modo de viver, cujo exemplo ele mesmo nos deixou. Quando nosso mestre querido orientou a Pedro, o pescador, que perdoasse 70 vezes sete vezes e exemplificou o perdão na cruz, pedindo ao Pai que a todos perdoasse, Jesus nos convida ao caminho que traz paz. A paz que traz saúde. Um estado de espírito que reflete felicidade e o equilíbrio íntimo.
Todos os dias, fazemos nossas escolhas. Escolhas que podem construir, acalmar, instruir, educar, cuidar, reerguer e balsamizar aqueles que dividem conosco as estradas da vida. Isso quando optamos pelo bem comum.
Nesta vasta sementeira, iremos colher os frutos desse plantio. Lembremo-nos sempre: a escolha é nossa! A sementeira é aleatória, mas a colheita é certa.
Por isso, também, Jesus nos ensina a promover a paz entre os homens de boa vontade.