Somos todos iguais?
“Desde 1500 até os dias atuais, a desigualdade social sempre foi sustentada pela péssima distribuição de renda”
A Constituição Federal Brasileira de 1988 diz que todas as pessoas devem ser tratadas de maneira semelhante perante a lei, no artigo 5º: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”. Todavia, somos distintos, não nascemos parecidos, não temos as equivalentes circunstâncias convenientes, não somos instigados pelas mesmas ideias.
Em nosso país, há discrepâncias chocantes entre distintas classes sociais em relação à fome, ao aumento do desemprego, à evasão escolar, à dificuldade de acesso ao ensino. Desde 1500 até os dias atuais, a desigualdade social sempre foi sustentada pela péssima distribuição de renda. Em outras palavras, poucos brasileiros encontram-se em circunstâncias financeiras favoráveis no que se refere à maioria da população.
Este posicionamento os concede concentrar mais dinheiro em detrimento do restante do povo. Promover o direito e a igualdade econômica das mulheres, pagar um salário mínimo mais digno, oferecer serviços livres de educação e saúde de qualidade, igualar as remunerações dos pretos e pardos com os brancos podem acabar com as diferenças entre pobres e ricos?
Uma sociedade democrática é utópica, ao passo que milhões de brasileiros vivem à margem dos direitos civis e precisamente são constrangidos, sufocados, humilhados e presos a correntes da intolerância, da implicância, do preconceito, do racismo, da discriminação, da hostilidade, da perseguição, da rejeição, da exclusão. Em síntese, nós não somos todos iguais.
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