A libertação do Itamar Franco
Como a Tribuna noticiou, será realizada no mês de outubro próximo a concorrência que possibilitará a exploração dos serviços aeroportuários no Aeroporto Itamar Franco. A assinatura desse ato jurídico significa um autêntico “start up” que a Zona da Mata e todos os municípios que fazem parte dessa região estavam esperando. Sem poder fazer novos investimentos, a Multiterminais Alfandegados do Brasil, que vinha administrando aquele aeroporto, estava totalmente amarrada, embora conhecendo todos os problemas que ainda existem no local.
A abertura das propostas no mês de outubro e a assinatura dos protocolos que permitirão a quem ganhar a concorrência administrar e explorar pelos próximos 30 anos todo o potencial do conhecido aeroporto de Goianá significará, na realidade, o início de um novo tempo de reais perspectivas de desenvolvimento regional.
O Itamar Franco já possui a segunda pista de pousos e decolagens (2.530 metros) de Minas Gerais e, com as previstas ampliações de mais 500 metros, o igualará ao aeroporto internacional de Confins. Essa ampliação possibilitará a região da Zona da Mata receber voos cargueiros ou de passageiros como o Boeing 767 e será, junto com o Galeão, Viracopos, Guarulhos, Brasília e poucos outros uma das portas de entrada ou saída de cargueiros ou de passageiros do Brasil ou para o Brasil. Entre as obras que estão previstas, além da ampliação da pista, constam construções de pistas de taxiamento, implantação do terminal de cargas e até futuras obras na estação de passageiros. Consta também revitalizar o acesso à rodovia MG-353 com extensão de mil metros.
Atualmente, só a Azul atua no aeroporto e, mesmo assim, com limitações. Sem que a Zona da Mata conte com um moderno aeroporto internacional, fica muito difícil se firmarem nessa região grandes projetos impactadores do desenvolvimento. A partir daqui, só isso não basta. Será preciso lutar – e muito – para que o Governo mineiro, através da Companhia de Desenvolvimento Econômico (Codemig), estude e implante na região um grande distrito industrial como as outras cidades de porte médio como Uberaba, Uberlândia e Montes Claros já estão fazendo. Aquelas cidades estão construindo outros distritos industriais em complementação aos já existentes. Olhar para o futuro é isso, e não se pode perder mais tempo ou ficar olhando a estagnação nos contaminar.