Brasil: o paĆs caranguejo
āEnquanto nĆ£o avanƧarmos com as agendas de reformas, tais como a tributĆ”ria, a administrativa e uma ampla reforma polĆtica, cujos efeitos perdurem e nĆ£o sejam alterados a cada dois anos, o Brasil nĆ£o avanƧarĆ”ā
A naĆ§Ć£o que outrora posicionou-se como a sĆ©tima economia do mundo, com o dĆ³lar valendo, no mĆ”ximo, R$ 2, a carne acessĆvel Ć populaĆ§Ć£o em geral e os combustĆveis a valores tangĆveis, de modo que popularizou o deslocamento por meio de carros, hoje, tornou-se sinĆ“nimo de desigualdade. Gasolina a R$ 7, fila para comprar osso, contas de energia elĆ©trica āestourandoā e o dĆ³lar a quase R$ 6 formam a nova realidade do Brasil, um paĆs caranguejo, que anda para trĆ”s e para os lados, cujo cenĆ”rio futuro nĆ£o Ć© tĆ£o diferente.
Enquanto nĆ£o avanƧarmos com as agendas de reformas, tais como a tributĆ”ria, a administrativa e uma ampla reforma polĆtica, cujos efeitos perdurem e nĆ£o sejam alterados a cada dois anos, o Brasil nĆ£o avanƧarĆ”. Ficaremos, quando muito, estagnados. Nesse cenĆ”rio, especialistas jĆ” apontam o risco de estagflaĆ§Ć£o, tendo em vista a falta de estĆmulos para o crescimento da economia. Ou seja, enquanto continuarmos com sistemas tributĆ”rio e administrativo arcaicos, nĆ£o voltaremos a andar para frente. NĆ£o recuperaremos a posiĆ§Ć£o de crescimento e estabilidade, que, hĆ” alguns anos, ocupamos. E Ć© importante destacar: nem Lula nem Bolsonaro sĆ£o caminhos que levarĆ£o ao crescimento. Ambos sĆ£o, antes de tudo, populistas. E, como a histĆ³ria nos mostra com clareza, o populismo cobra caro, e muito!
Para que deixemos de ser uma naĆ§Ć£o caranguejo, ano que vem (2022) devemos eleger o(a) candidato(a) cujo projeto de paĆs perpasse nĆ£o o seu umbigo, mas, sim, a qualidade de vida do prĆ³ximo. Somente com um governante sem anseios populistas, sem preocupaĆ§Ć£o Ćŗnica sobre sua popularidade, com coragem para levar adiante reformas que, por vezes, sĆ£o impopulares, poderemos alcanƧar nossa posiĆ§Ć£o ao lado das principais economias mundiais e levar dignidade ao povo, para que andar de carro nĆ£o seja, novamente, um luxo, mas, sim, algo comum. Para que comer carne nĆ£o seja sinĆ“nimo de ostentaĆ§Ć£o, mas, sim, de cotidiano.
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