Felicidade e fé


Por IRIÊ SALOMÃO, ARTISTA PLÁSTICO

16/05/2015 às 06h00- Atualizada 19/05/2015 às 10h02

Seja qual for o momento que estejamos vivendo, não percamos a fé, este sentimento maior que nos impulsiona a crer no invisível, mas que nos toca profundamente em tudo a que somos sensíveis. Fé é o mote das vidas de todos pretendentes a uma vida melhor. Não está ela ligada a nenhuma religião específica, e não existe fé melhor ou mais poderosa. Fé é fé. Crer em Deus em todas as circunstâncias, sem a pieguice infantil criada pela cegueira do fanatismo em suas variadas representações.

Allan Kardec afirma que: só é inabalável a fé que é capaz de enfrentar a razão face a face em todas as épocas da humanidade. É necessário crer em algo superior para que seja possível vivenciar os fatos do mundo sem cair nas armadilhas que o egoísmo, este porta-voz da maldade humana, nos atropele, impedindo a marcha de sucesso progressivo. Algo superior no que cremos não é representado por este ou aquele semelhante. A superioridade não obedece qualquer ditame terreno, é uma questão de elevação espiritual.

A superioridade divina é representada única e exclusivamente por Jesus, que se fez Cristo de Deus nos legando todos os ensinamentos que nos são necessários para as jornadas das vidas que devemos viver, sem os atropelos aos quais nos expomos por orgulho.

Ao sofrermos algum tipo de dor, com certeza veremos que, em grande número de casos, estas são puras consequências de ações por nós praticadas no exercício do livre-arbítrio. Claro que existem aquelas, quase uma exceção, que estão ligadas ao passado remoto, pertencentes às lembranças não físicas e são do mundo psíquico, espiritual.

Se pensarmos de modo mais amplo e equilibrado, veremos que a dor é fundamental para a sobrevida; ela que nos informa a existência de uma cárie, da unha inflamada, o estômago sofrendo por excesso e todo o tipo de desordem. A dor de consciência nos anuncia a falha cometida e a necessidade da corrigenda para alívio do sofrimento e continuação da jornada em paz.

Certamente, algumas emoções que chegam a nos desorientar fortemente encontram residência em nosso ego. Todo ser humano é naturalmente egocêntrico, e não há nada de errado em sê-lo, pois aí está a base da individualidade, o fator que garante a vida e o progresso. É necessário que seja assim, pois, ao contrário, não seríamos um ser, uma consciência, uma estrutura físico-espiritual, capaz de agir com desenvoltura e senso crítico. O perigo está quando há deformação do ego de onde brota o egoísmo. É este sentimento que muitas vezes nutrimos sem pensar, onde se encontram as raízes de nossas dores.

Por mais que venhamos a sofrer, jamais chegaremos próximos das dores sentidas por Maria, a Santíssima, que se cobriu com todo o seu amor de mãe para entregar-nos seu Filho, para este nos ensinar a paz, o amor, a felicidade e a fé, que nos leva a seguir Jesus como Caminho, Verdade e Vida.

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