A perda da Mercedes-Benz
O que está faltando à Zona da Mata são deputados como foi o inesquecível Último de Carvalho, de Rio Pomba, que, nos anos 1950, conseguiu levar para lá a Escola Agrícola, hoje o Cefet, que oferece até cursos superiores. Esta escola foi, inclusive, inaugurada por Juscelino Kubitschek. Bons tempos aqueles anos em que a pequena Rio Pomba era conhecida de nome no Congresso Nacional ou por todas as altas autoridades da República.
Juiz de Fora, por falta de apoio federal ou por falta de outros apoios políticos, já perdeu a Peugeot Automóveis, que, após se decidir localizar em Juiz de Fora, em uma área próxima à saída para Caxambu, chegou até a fazer sondagens no terreno para verificar as resistências do solo. O local era perto do Distrito de Valadares e tinha mais de dois milhões de metros quadrados que poderiam ser comprados ou desapropriados para localizar aquela montadora.
A perda de nova montadora de veículos para São Paulo, que, com seu prestígio já possui várias outras produzindo empregos e impostos e não titubeia em oferecer várias condições, a começar pela doação ou venda de terrenos a preços baratíssimos, só para ter mais uma nova montadora de prestígio internacional, é apenas um detalhe. Como técnico da CDI, participei de várias escolhas de terrenos para localizar indústrias, como foi o caso da Peugeot. No presente caso da Mercedes, só tenho a lamentar como mais uma importante montadora está fugindo de Juiz de Fora.
