Luana, você vive nos nossos corações


Por ANGELA HALFED CLARK, COLABORADORA

12/05/2015 às 06h00- Atualizada 19/05/2015 às 10h06

Em reportagem do dia 8/05/15, verificamos a manchete: “Criança de 2 anos é espancada e morta”. Esta criança é Luana Rocha da Silva, aqui de Juiz de Fora. Lembro-me de todas as crianças de tenra idade que deslumbram em descobrir o mundo mágico em que foram colocadas. A confiança nos pais, principalmente na mãe que a ama muito, seu olhar ingênuo das crianças com 2 anos de idade. Procura de aconchego e amparo nas vicissitudes da vida. O contato com a natureza que Deus criou para nós é encantador.

Luana partiu deixando-nos perplexos com tanta barbárie praticada por outros. Como fazemos higiene mental quando entramos no encantamento do mundo infantil? Como podemos enxergar a terra mais colorida com olhos de criança? Estes indivíduos que maltrataram tanto Luana plantaram um carma terrível em suas vidas. Representam a face escura nas interações estúpidas, e não se pode dizer nem animalescas, pois os animais não são assim.

O caminho do comportamento mau e o sentido da perversidade resultam em atitudes como esta, em que Luana e tantas outras crianças foram vítimas. A falta de amor das intempéries sociais e a revolta chegando ao ódio retratam a situação atual.

No limite de nossa indignação, não pedimos apenas justiça, pedimos uma metamorfose na nossa sociedade, que em farrapos se depara com a psicopatia entrando sem pedir licença em nossos lares. Invadindo o puro, o ingênuo, o belo, causando sofrimentos tão atrozes em todos nós. Não devemos nos iludir ao acharmos que o fato é problema do outro. Não, todos nós somos irmãos, e a maldade alastra na nossa sociedade. Ela é nossa, fazemos parte do quebra-cabeça. A contribuição que podemos dar é de nos melhorarmos e de lutarmos por uma comunidade em que o respeito, o amor e a dignidade não reproduzem a ínfima passagem de Luana Rocha da Silva, com tamanha tortura.

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