A Azul ficou preta
A Anac negou autorização à Azul Linhas Aéreas para operar voos do aeroporto de Juiz de Fora para Confins. Com a negativa, no mínimo, os juiz-foranos irão economizar recursos de R$ 220. Uma passagem de Juiz de Fora para Belo Horizonte nos ônibus executivos da Atual em um percurso de quatro horas e 15 minutos custa R$ 80 com as taxas. De Confins até Belo Horizonte, em um percurso de uma hora, por causa do tráfego, temos que desembolsar mais R$ 120 de táxi ou R$ 22 no ônibus Conexão Aeroporto, fora o tempo de espera de uma ou mais horas.
O que mais nos admira é como a mesma Anac no passado negou autorizações operacionais com aviões de passageiros no Aeroporto da Serrinha por falta de condições de segurança: falta de equipamentos de combate a incêndios, falta de equipamentos operacionais em casos de mau tempo, de áreas de escape adequadas, que não coloquem em risco as populações que existem no entorno das cabeceiras da pista, etc. Depois, a mesma Anac autorizou operações com avião ATR-42 de 42 lugares e, mesmo assim, com restrições. O que se admira é que, se, no passado, o Aeroporto da Serrinha só era apropriado para operações com pequenas aeronaves, agora, a Azul Linhas Aéreas conseguiu autorização para operar no Serrinha com equipamentos duas vezes maiores, sem que nada mais se gastasse ali em termos de segurança.
O que é certíssimo é que o Aeroporto Internacional Itamar Franco, localizado a 40km de Juiz de Fora, iniciará ainda este ano suas operações cargueiras e continuará servindo de proteção para um aeroporto que não tem maiores condições de segurança para os passageiros e, também, para as habitações existentes ao seu redor. O que se espera do prefeito Bruno Siqueira é que ele acrescente no orçamento recursos suficientes para melhor colocar o acanhado Aeroporto da Serrinha em condições operacionais. Se ele fizer o que se espera, no mínimo, já estará de bom tamanho, uma vez que gastos orçamentários em segurança não têm preço.
