Progredir é renovar-se
Em momentos de grandes tensões como os pelos quais agora passamos em nosso país, vez por outra ouvimos alguém exclamar: é o fim do mundo! Onde vamos parar? Este mundo não presta! Estas e outras tantas insanidades são repetidas sem nenhum constrangimento e ainda com ares de suposta sabedoria. O mundo não é mau a Terra, em si, sempre é boa.
Nosso planeta diariamente dá espetáculos de grandeza, de suas entranhas brotam as mais belas flores; em seu ar, quando não o sujamos, os perfumes variam inebriantes em todos os recantos acalentando aqueles que deles desfrutam. Riquezas jorram das jazidas minerais, dos oceanos e rios, e, semeando, o solo produz. Onde está a maldade tão propalada? O mal não é essencialmente do mundo, encontra-se em um determinado número de pessoas que nele habitam.
Nas tradições religiosas, aprendemos que a vida na Terra é de fato ruim, que estamos aqui para purgar nossos pecados e que a felicidade só é possível depois da morte e no outro mundo.
Jesus, orando ao Pai em favor de seus discípulos, disse: “não peço que os retire do mundo, mas que os livre do mal”. (João, 17:15). E o mal, efetivamente, é tudo aquilo que nos afasta dos ensinos do Mestre de Nazaré. Não são grandes, mas pequenas falhas cotidianas.
Há pessoas que, com falso ar de superioridade, menosprezam aqueles que executam tarefas modestas. Doutores da arrogância esqueceram-se de que um dia precisaram da humilde professora para ensinar-lhes as primeiras letras. Muitos gastam irrecuperável tempo fustigando o desequilíbrio alheio.
É de sabedoria cristã que aproveitemos com afinco cada instante do tempo de nossa passagem pelo belíssimo Planeta Terra, nos empenhando na revitalização de nossas mais saudáveis emoções e sentimentos para com os semelhantes, nos esforçando para esquecer todas as manifestações maliciosas, os gestos de maldade, distanciando-nos de locais de onde exalam ácidos da inveja e os corrosivos do ódio.
Para o nosso próprio bem e daqueles que compartilham de nossa companhia, esqueçamos todas as expressões infelizes do ontem e avancemos para os novos tempos de equilíbrio e serenidade que a Terra pode nos ofertar, centralizando nossas energias no trabalho do bem como ensina Jesus, pois ninguém progride sem renovar-se.