Que todos sejam um!


Por EQUIPE IGREJA EM MARCHA, GRUPO DE LEIGOS CATÓLICOS

07/05/2016 às 07h00

Na próxima semana, as Igrejas Cristãs celebrarão a Semana de Oração para a Unidade dos Cristãos. A oração é o primeiro passo, mas deve ser acompanhada com o diálogo, não somente entre Cristãos, mas com membros das outras religiões.

Dialogar com um irmão não é uma simples conversa entre amigos, evitando assuntos embaraçosos e incômodos para não criar atritos. O diálogo religioso procura promover todas as relações positivas e construtivas possíveis entre pessoas e comunidades de religiões diferentes. O diálogo começa sempre pelo respeito ao outro, a sua pessoa e as suas convicções. Ele é oportunidade de aprofundar as convicções recíprocas; obriga a rever ideias recebidas a respeito de outros; não procura encontrar um denominador comum entre as religiões, mas reconhecer que “Todos os crentes e todos os que procuram o Absoluto têm a mesma dignidade, pois todos os que foram criados à imagem de Deus, livres para buscá-lo, devem ser livres para fazer ou não a escolha de Deus”.

Redemptoris Missio afirma: “O diálogo inter-religioso não é consequência de uma estratégia ou de um interesse, mas é uma atividade que tem suas motivações, suas exigências e sua dignidade próprias: é exigido pelo profundo respeito que se deve ter em relação a tudo o que o Espírito, que sopra onde quer, tenha operado no homem”. O diálogo inter-religioso se realiza em vários níveis.

Primeiro, o diálogo de vida, compartilhar as alegrias e os sofrimentos da existência cotidiana com pessoas de outras religiões, em praticar a boa vizinhança com todos.

O segundo, o diálogo das obras: consiste em unir-se e colaborar ao bem-estar de uns e outros. O diálogo teológico para melhor entender as heranças religiosas de cada um. Enfim, o diálogo da espiritualidade: consiste na partilha da riqueza de vida de oração e de contemplação, prática sobretudo participando em conjunto das organizações sociais que cuidam dos que vivem na precariedade.

Quem deseja dialogar precisa ter ideias de sua própria religião. Precisa também viver segundo as suas convicções, mostrar ao outro como se traduz a fé no cotidiano, com o diálogo entre crentes. Enfim, precisa não ter medo de manifestar sua fé em Jesus Cristo. Quem descobriu Jesus e sua mensagem não pode guardar isto só para si. Em Cristo nasceu para nós uma grande Luz que não se pode esconder debaixo do alqueire, mas colocá-la sobre o candelabro.

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