Semana Nacional da Vida
A Semana Nacional da Vida, promovida pela Igreja, acontece todos os anos entre os dias 1º e 7 de outubro e é um momento de preparação e catequese para se discutir e debater sobre a vida e sua importância como dom de Deus. Esta semana culmina no dia 8 de outubro, o Dia do Nascituro.
Todo ano é elaborado pela Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF) um documento com o título Hora da Vida, que dá subsídio e diretriz para o tema ser desenvolvido nas pastorais da Igreja no Brasil. Este ano a reflexão é sobre “A fecundidade do amor na família”, e toda a temática foi desenvolvida à luz da exortação do Papa Francisco, a Amoris Laetitia, publicada em 19 de março de 2016, solenidade de São José.
O propósito do documento Hora da Vida é promover o estudo, a reflexão e a oração para despertar, em todos os homens e todas as mulheres, a beleza e a grandeza da vida, que é dom de Deus. Todos são convidados a promover o caminho do diálogo, do acolhimento e da preservação da vida. Essas ações reforçam o papel primordial que a Igreja tem na estrutura social que deve retumbar como uma voz atuante da realidade, da caridade e da misericórdia de Cristo.
O discurso religioso é em defesa da vida em toda sua etapa, desde o ventre, passando pelo zelo necessário com a criança, atendendo os homens na maturidade da vida e conservando a dignidade dos idosos. Em consonância com o Papa Francisco, a Igreja busca se posicionar contra a cultura do descarte que tanto fere os preceitos da humanidade, buscando cultivar os valores de harmonia e respeito que devem sustentar as famílias, berço da vida. A proposta da Semana da Vida é abrir as portas da Igreja e colocar seus agentes em debate sobre a realidade do mundo hoje, na promoção de uma evangelização que caminha em unidade com a vida e a mensagem de Cristo.
A Igreja busca caminhar com lucidez e esperança, paciência e caridade, coragem e humildade ao encontro da sociedade. O Papa pede que a Igreja esteja pronta para escutar e dialogar, e aberta, em saída, para se inserir no mundo de hoje como quem ensina e aprende, diz sim e não, escutando os sinais de Deus na vida hoje e, sobretudo, servindo. A Igreja em saída, sonhada pelo Papa Francisco, é uma Igreja de Cristo, de portas abertas, em construção de pontes e derrubando muros.
Quando a Igreja se propõe a estar atuante no mundo, percebe que o debate é amplo e os argumentos e pontos de vista são variados. A concórdia só é possível se pautada no diálogo despojado de violência e de autoritarismo. A Igreja deve se pautar no Evangelho para olhar a realidade do outro e se colocar diante da dor do outro, como diz o Papa Francisco, ter carinho e atenção para com o próximo, principalmente os mais fragilizados para enfim promover verdadeiramente toda vida como sinal de Deus no mundo.
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